Ao teu encontro, Homem do meu tempo,
E à espera de que tu prevaleças
À rosácea de fogo, ao ódio, às guerras,
Te cantarei infinitamente à espera de que um dia te conheças
E convides o poeta e a todos esses amantes da palavra, e os outros,
Alquimistas, a se sentarem contigo à tua mesa.
As coisas serão simples e redondas, justas. Te cantarei
Minha própria rudeza e o difícil de antes,
Aparências, o amor dilacerado dos homens
Meu próprio amor que é o teu
O mistério dos rios, da terra, da semente.
Te cantarei Aquele que me fez poeta e que me prometeu
Compaixão e ternura e paz na Terra
Se ainda encontrasse em ti, o que te deu.Análise: A poetisa agora se dirige ao homem, a fim de informá-lo de que se o mesmo conseguir sair vitorioso: vencer o ódio, a guerra, etc.., ele, homem, será cantado, e se for capaz de compreender a si mesmo, haverá de sentar-se com os poetas, com os sábios, os estudiosos. As coisas serão redondas - refere-se aqui à igualdade, à justiça ( na obra/filme " Os cavaleiros da távola redonda", percebe-se um princípio de igualdade, não há alguém para sentar na cabeceira da mesa -chefiando). Serão cantados os sofrimentos pelos quais passam os homens que se opõem ao sistema da época, entretanto é preciso que haja mudanças, que só virão se mudares o teu comportamento. É impossível conhecermos outras realidades e outros "mundos" se nos mantivermos fechados em nosso próprio mundo (seja político, cultural, religioso, etc..). O poeta nos faz despertar e conhecer outros mistérios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário