ANÁLISE DE TEXTO: O MORCEGO – P.A.S. 2020.
1. O texto
de Augusto dos Anjos, pertence à escola simbolista.
2.
Quando falamos em simbolismo, é preciso que compreendam o período em que se
passou no Brasil.
3.
O simbolismo surge no final do século XIX entre 1890/1900 e vai até 1922,
com o advento da semana de arte moderna. É importante frisar que no mesmo
período havia outras escolas literárias, caminhando junto, eram elas:
realismo-naturalismo, parnasianismo, pré-modernismo.
4.
As características mais marcantes do simbolismo são: subjetivismo,
espiritualismo, temática da morte/ do divino, do etéreo, do destino...,
evocação de rituais religiosos, misticismo, musicalidade, pessimismo entre
outros.
5.
O simbolismo surge com a obra Broqueis(poesia) e Missal (prosa) de Cruz e
Sousa. Sendo este um dos poetas mais importantes da literatura simbolista.
6.
Augusto dos Anjos é também um ícone da literatura simbolista e escreve em forma
de sonetos, mantendo a métrica e o padrão parnasiano (neoclássico).
Análise
do Texto:
O título, por si só, já nos remete ao místico, pois o morcego é
um animal bastante "trabalhando” na Idade média, como sendo capaz de
transformar quem fosse mordido por ele em Vampiro. Mesmo hoje, vemos o símbolo
do morcego em filmes - como o BATMAN -, colocando-o como animal misterioso.
Algumas poções mágicas, no passado, eram feitas com "pernas de morcego,
asa de morcego, etc.. E enchem a imaginação das pessoas até os dias de hoje. O
morcego está ligado à bruxaria, ao mal, ao místico. Além de ser uma mistura de
pássaro e rato, é mamífero, frugívoro* ou hematófago** e noturno!!
Juntamente
a isso temos o elemento NOITE que também é o momento simbólico dos
acontecimentos macabros (à meia noite...) e transformações (vampiros,
lobisomem...)
O poeta
reclama da presença de um morcego em seu quarto que o aterroriza, acabando por
mordê-lo, fazendo escorrer o sangue quente (ígneo) de sua garganta, a que
prefere chamar goela, para dar maior dramatização, pois falar em goela faz
parecer mais mortal, trágico mesmo!
Apesar de tentar
se livrar do morcego, vê que é inútil, pois o animal sobrevoa-lhe a rede. (veremos
que o morcego são seus pensamentos...que voam...).
Ao
questionar quem produziu aquele animal horrendo, demonstra sua indignação
diante do Morcego, sua consciência, que durante o repouso
noturno traz à tona todas as verdades as quais tentamos esconder durante o dia,
à luz do sol.
O modo como
entra - imperceptivelmente - refere-se ao fato de que não
controlamos nossos pensamentos, pois são nossa consciência falando!!!
p.s.
o texto pode ser divulgado pelos colegas da escola, pelos professores, ficando
reservados os direitos autorais.
*alimenta-se de frutos;
** Alimenta-se de sangue.
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