domingo, 26 de abril de 2020

EXPLICAÇÃO DO TEXTO -O MORCEGO

ANÁLISE DE TEXTO: O MORCEGO – P.A.S. 2020.

1. O texto de Augusto dos Anjos, pertence à escola simbolista. 
2. Quando falamos em simbolismo, é preciso que compreendam o período em que se passou no Brasil.
3. O simbolismo surge no final do século XIX  entre 1890/1900 e vai até 1922, com o advento da semana de arte moderna. É importante frisar que no mesmo período havia outras escolas literárias, caminhando junto, eram elas: realismo-naturalismo, parnasianismo, pré-modernismo.
4. As características mais marcantes do simbolismo são: subjetivismo, espiritualismo, temática da morte/ do divino, do etéreo, do destino..., evocação de rituais religiosos, misticismo, musicalidade, pessimismo entre outros.
5. O simbolismo surge com a obra Broqueis(poesia) e Missal (prosa) de Cruz e Sousa. Sendo este um dos poetas mais importantes da literatura simbolista.
6. Augusto dos Anjos é também um ícone da literatura simbolista e escreve em forma de sonetos, mantendo a métrica e o padrão parnasiano (neoclássico).

Análise do Texto:

O título, por si só, já nos remete ao místico, pois o morcego é um animal bastante "trabalhando” na Idade média, como sendo capaz de transformar quem fosse mordido por ele em Vampiro. Mesmo hoje, vemos o símbolo do morcego em filmes - como o BATMAN -, colocando-o como animal misterioso. Algumas poções mágicas, no passado, eram feitas com "pernas de morcego, asa de morcego, etc.. E enchem a imaginação das pessoas até os dias de hoje. O morcego está ligado à bruxaria, ao mal, ao místico. Além de ser uma mistura de pássaro e rato, é mamífero, frugívoro* ou hematófago** e noturno!!
Juntamente a isso temos o elemento NOITE que também é o momento simbólico dos acontecimentos macabros (à meia noite...) e transformações (vampiros, lobisomem...)
O poeta reclama da presença de um morcego em seu quarto que o aterroriza, acabando por mordê-lo, fazendo escorrer o sangue quente (ígneo) de sua garganta, a que prefere chamar goela, para dar maior dramatização, pois falar em goela faz parecer mais mortal, trágico mesmo!
Apesar de tentar se livrar do morcego, vê que é inútil, pois o animal sobrevoa-lhe a rede. (veremos que o morcego são seus pensamentos...que voam...). 
Ao questionar quem produziu aquele animal horrendo, demonstra sua indignação diante do Morcego, sua consciência, que durante o repouso noturno traz à tona todas as verdades as quais tentamos esconder durante o dia, à luz do sol.
O modo como entra - imperceptivelmente - refere-se ao fato de que não controlamos nossos pensamentos, pois são nossa consciência falando!!!

p.s. o texto pode ser divulgado pelos colegas da escola, pelos professores, ficando reservados os direitos autorais.

*alimenta-se de frutos;
** Alimenta-se de sangue.

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