terça-feira, 20 de março de 2018

POEMA ÁRCADE -CLAUDIO MANUEL DA COSTA

3,C,D,E,F,G,H, - POEMA ÁRCADE  DE CLAUDIO MANUEL DA COSTA - PSEUDÔNIMO- ALCESTE SATURNO.

Se sou pobre pastor, se não governo
Reinos, nações, províncias, mundo, e gentes;
Se em frio, calma, e chuvas inclementes
Passo o verão, outono, estio, inverno; 

Nem por isso trocara o abrigo terno
Desta choça, em que vivo, coas enchentes 
Dessa grande fortuna: assaz presentes 
Tenho as paixões desse tormento eterno.

Adorar as traições, amar o engano, 
Ouvir dos lastimosos o gemido, 
Passar aflito o dia, o mês, e o ano;

Seja embora prazer; que a meu ouvido 
Soa melhor a voz do desengano, 
Que da torpe lisonja o infame ruído.





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