EDUCAÇÃO FÍSICA - VESPERTINO
Disciplina:
Educação Física
Professora: Márcia
Andréa.
APOSTILA 1º bimestre.
Envelhecimento saudável
O
mundo está envelhecendo, a expectativa de vida tem aumentado em escala mundial,
o que sem dúvida alguma, deve ser considerado um grande trunfo. Em 2011 o
Brasil tinha aproximadamente 22 milhões de idosos, estima se que esse número
triplique até 2040. Pensar no idoso e pensar no próprio futuro e devemos
começar a agir agora, para chegarmos a essa fase da vida, plenos de nossas
capacidades funcionais, afetivo-sociais, motoras e cognitivas.
A
perda das habilidades comumente associada ao envelhecimento não está
necessariamente relacionada com a idade cronológica das pessoas. Não existe um
idoso “típico”. A diversidade das capacidades e necessidades de saúde dos
adultos maiores não é obra do acaso, ela deriva de atitudes que ocorrem ao longo da vida e frequentemente
são modificáveis. Embora a maior parte dos adultos maiores apresente múltiplos
problemas de saúde com o passar do tempo, a idade avançada não implica em
dependência. Entre os sintomas mais comuns do envelhecimento, podemos citar: a
perda gradativa da massa óssea e muscular; diminuição da capacidade cognitiva e
redução dos ritmos cardíaco, respiratório e digestivo.
Envelhecimento
saudável engloba muito mais que a simples ausência de doenças, está relacionado
a manutenção das habilidades funcionais, sociais, emocionais, lazer, laborais,
enfim envolve todos os aspectos da vida. Dentre as atitudes para um
envelhecimento saudável podemos destacar:
Ø Manter se ativo física e intelectualmente;
Ø Desenvolver hábitos alimentares saudáveis;
Ø Estabelecer e manter boas relações sociais;
Ø Criar e aceitar desafios, que o mantenham estimulado;
Ø Envolver se em atividades diversas;
Ø Ter cuidado com sua aparência, mantendo sua autoestima.
As escolhas
que fazemos ao longo da vida irão determinar o tipo de velhice que teremos. Não é preciso
esperar a idade madura para começar a desenvolver hábitos saudáveis, lembre se
seu corpo funciona como uma “poupança” onde você resgata o que foi depositado ao
longo dos anos.
Sedentarismo
É a falta
ou a diminuição da atividade física suficiente para o corpo e que também acaba
afetando a saúde e atrofiando os músculos. Está relacionado com a quantidade de
calorias que uma pessoa gasta semanalmente, seja em atividades esportivas ou
nas tarefas do dia a dia. Quando se fala em atividade física, ela não está
necessariamente relacionada apenas à prática de esportes. Caminhadas até o
trabalho, subir escadas, realizar alguns esforços físicos ou até mesmo afazeres
domésticos, podem ser considerados atividades físicas. O Sedentarismo acontece
quando a pessoa gasta menos de 300 calorias/dia ou 2.200 calorias por semana, em
atividades físicas. É classificado como uma doença e atinge cada vez mais
pessoas no mundo. Uma das principais causas são as modernidades que encontramos
atualmente, pois o conforto acabou tomando conta das pessoas e cada vez não
damos conta disso e mesmo sem saber a população acaba ficando acomodada. O
sedentarismo pode acelerar o envelhecimento, além de atingir órgãos vitais como
coração, rins, cérebro, entre outros, o sedentarismo impacta diretamente na
saúde dos músculos e ossos, que se tornam mais frágeis, pois ficam sem uso,
literalmente, atrofiando, perdendo a flexibilidade e comprometendo a saúde como
um todo.
O
sedentarismo é considerado o principal fator de risco para a morte súbita,
estando na maioria das vezes associado direta ou indiretamente às causas ou ao
agravamento da grande maioria das doenças, como: obesidade, colesterol alto,
diabetes, hipertensão arterial, infarto, asma, alguns tipos de câncer, prejuízo
da mobilidade, distúrbios psicológicos etc. Um estudo publicado no periódico
"American Journal of Clinical Nutrition" concluiu que a falta de
exercícios físicos aparece relacionada a duas vezes mais mortes do que a
obesidade.
Obesidade
É uma condição
médica na
qual se verifica acumulação de tecido
adiposo em excesso ao ponto de poder ter impacto negativo na
saúde, o que leva à redução da esperança de vida e/ou aumento dos problemas
de saúde causada quase sempre por um consumo excessivo de calorias na
alimentação, superior ao valor usado pelo organismo para sua manutenção e
realização das atividades do dia a dia (balanço energético positivo), ou seja:
a obesidade acontece quando a ingestão alimentar é maior que o gasto energético
correspondente. Está associado à diversos problemas de saúde. É uma das principais causas de morte evitáveis em todo o
mundo, com taxas de prevalência cada vez maiores em adultos e em crianças. É considerada pelas
autoridades um dos mais graves problemas de saúde pública do século XXI. 3,4 milhões de adultos morrem
anualmente em consequência da obesidade ou do sobrepeso. A doença está também
na origem de 44% dos casos de diabetes, 23% dos casos de doença arterial
coronariana e entre 7 e 41% de determinados tipos de cancro, a obesidade reduz
a esperança de vida entre seis a sete anos. Estima se que no Brasil um terço da
população estejam acima do peso e cerca de 1 milhão sejam obesos mórbidos.
Em grande parte do mundo contemporâneo,
particularmente na sociedade ocidental, a obesidade é alvo de estigma
social, embora ao longo da História tenha sido vista como símbolo
de riqueza e fertilidade, perspectiva que ainda se mantém nalgumas partes do
mundo.
A obesidade é o
resultado de diversas interações, nas quais chamam a atenção os aspectos
genéticos (histórico familiar de obesidade), ambientais/sociais (tipo de
trabalho, urbanização, número de filhos, classe econômica, etc) e
comportamentais (sedentarismo, má alimentação, tabagismo, medicamentos).
Contudo a maior parte dos casos de obesidade acontecem pela combinação da ingestão
de alimentos energéticos em excesso com a ausência de exercício físico. Uma
percentagem pequena de casos deve-se principalmente a condições genéticas,
transtornos psiquiátricos ou razões médicas. Por outro lado, o aumento
generalizado da prevalência de obesidade na sociedade deve-se à facilidade no
acesso à dieta altamente calórica, ao aumento da dependência de transportes
automóveis e à mecanização do trabalho. Um aumento de 20% ou mais acima de seu
peso corporal ideal significa que o excesso de peso tornou-se um risco à saúde.
Complicações para a saúde.
A obesidade aumenta o risco para diversas
complicações físicas e psicológicas, essas complicações estão relacionadas a
uma condição denominada síndrome metabólica *¹, as condições clinicas
associadas a essa síndrome incluem: diabetes mellitus, AVC, infarto,
hipertensão arterial, níveis elevados de colesterol e triglicerídeos.
Pessoas com excesso de peso tendem a ser
contaminados com fungos e outras infecções de pele em suas dobras de gordura,
com diversas complicações, podendo ser algumas vezes graves. Além disso,
sobrecarregam sua coluna e membros inferiores, apresentando em longo prazo
degenerações (artroses) de articulações da coluna, quadril, joelhos e
tornozelos, varizes. Pessoas com excesso de peso. Acumulam se a essas doenças
distúrbios psicológicos como a depressão, ansiedade, transtornos alimentares,
apatia, etc. Muitos deles oriundo do estigma social.
A obesidade não gera somente prejuízos à
saúde, os custos do
excesso de peso para os sistemas de saúde são altos envolvem gastos com o
tratamento da obesidade e suas consequências e a perda de renda pela redução da
produtividade e do absenteísmo devido à doença ou incapacidade e a perda de
renda futura devido a mortes prematuras.
Está comprovado que relacionamentos sociais e romances são menos
frequentes entre obesos, já que eles saem menos de casa devido a diminuição da
autoestima. Agora, uma vez existindo o relacionamento, a obesidade pode
interferir no relacionamento sexual. Ela está relacionada à redução da
testosterona, o que pode levar a redução de libido e a problemas de ereção nos
homens. Já nas mulheres, existe uma redução dos níveis de hormônio feminino e
aumento no nível dos masculinizantes. As mulheres têm aumento de pelos,
irregularidade menstrual e redução da fertilidade. As chances de todos esses
problemas se resolverem, com uma perda de peso na ordem de 10%, são bem grandes.
O excesso de peso corporal pode ser
estimado por diferentes métodos ou técnicas, como pregas cutâneas, relação
cintura-quadril, ultrassom, ressonância magnética, bioimpedância, entre outras.
Entretanto, devido a sua simplicidade de obtenção, baixo custo e correlação com
a gordura corporal, o Índice de Massa Corporal (IMC) tem sido amplamente
utilizado e aceito para estudos epidemiológicos.
Índices de aferição de
sobrepeso mais comuns:
IMC:
É o índice de massa corporal é usado para indicar se a pessoa está no seu peso
ideal, com sobrepeso, obesa ou abaixo do peso ideal. É apenas um indicador, o IMC é um método
fácil e rápido de verificar se a pessoa está no peso ideal, serve como uma
espécie de pré-avaliação que pode ser realizada de forma simples e rápida e não
exige grande utilização de material, ele serve como um sinal de alerta para a
pessoa promover uma mudança de hábitos, diminuindo os riscos de doenças.
COMO CALCULAR? Basta dividir seu peso pela altura
ao quadrado. Então basta substituir esses índices, calcular e verificar na
tabela.
Vamos imaginar que você mede 1.80 metros, e pesa
72 quilos então fica assim:
IMC = 72 / (1.80 * 1.80)
IMC = 72 / 3.24
IMC = 22.22, ou seja, seu IMC é 22, que é o peso
ideal.
RCQ:
A relação cintura quadril (RCQ) é o cálculo que
se faz para verificar o risco que um indivíduo possui de sofrer de doenças
cardíacas, pois quanto maior a concentração da gordura abdominal (próxima ao
coração), maior o risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
Como calcular a relação cintura quadril
Para calcular a relação cintura quadril deve-se:
Passar uma fita métrica à volta da cintura, na
parte mais estreita;
Passar uma fita métrica à volta do quadril, na
parte mais larga;
Depois divida o número que obteve da cintura,
pelo do quadril.
Resultados iguais ou superiores a 0,8 para
mulheres e 1,0 para homens, indica alto risco para doenças cardiovasculares.
Quanto maior o valor, maior o risco.
Existem
três tipos de classificações quando uma pessoa está acima do peso. O sobrepeso
é quando há mais gordura no corpo do que o ideal para uma vida saudável. A
obesidade se dá quando o acúmulo de gordura é muito acima do normal, podendo
gerar até problemas graves de saúde. A obesidade mórbida é quando o valor do
IMC ultrapassa 40.
Tratamento da obesidade
O tratamento mais eficaz para a
obesidade envolve uma mudança no estilo de vida, mudança de hábitos alimentares
(dieta menos calórica) e prática de exercícios físicos. Contudo em alguns casos
pode se fazer a prescrição de medicamentos que vão atuar na regularização do
metabolismo, em casos mais extremos pode ser sugerida a cirurgia de redução
bariátrica.
Postagem: Fernanda Martins
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