Gestão em conjunto
Além de dar voz aos estudantes dentro das escolas, os grêmios contribuem para a formação política deles, incentivando a luta pelos próprios direitos e a prática da cidadania
O grêmio estudantil é uma das principais ferramentas para garantir a
formação política dos estudantes e a participação deles na gestão das
escolas. Longe de representar a partidarização do ensino, incentivam os
alunos a praticarem a cidadania e a lutarem pelos próprios direitos.
Desde cedo, eles têm a oportunidade de entender como funcionam
organizações coletivas, aprendem a trabalhar em grupo e desenvolvem o
poder de argumentação.
Foi com o objetivo de estreitar o relacionamento entre alunos e direção e representar todo o corpo discente, sem distinção, que a estudante do 2º ano do Sigma Rafaela Andara, 16 anos, decidiu dar continuidade ao trabalho do grêmio. O cenário político atual, de disputas entre Congresso e governo e de manifestações contra a corrupção, também influencia na participação dos estudantes, segundo a Rafaela. Ela acredita que o envolvimento nesse tipo de colegiado ajuda a quebrar o tabu da participação na política. “Isso reflete no grêmio, porque, querendo ou não, nós fazemos política. Isso desperta o interesse do aluno”, relata.
...O grêmio estudantil é uma das principais ferramentas para garantir a formação política dos estudantes e a participação deles na gestão das escolas. Longe de representar a partidarização do ensino, incentivam os alunos a praticarem a cidadania e a lutarem pelos próprios direitos. Desde cedo, eles têm a oportunidade de entender como funcionam organizações coletivas, aprendem a trabalhar em grupo e desenvolvem o poder de argumentação.
Autonomia
O grêmio estudantil deve trabalhar de forma autônoma para defender os interesses do corpo discente, sem a intervenção de professores ou diretores. Entre as tarefas da entidade, está a organização de atividades recreativas e culturais, mas a entidade também tem a função de organizar as lutas dos estudantes por melhorias no ensino, em defesa da educação pública, por mais verbas para a educação e por mais democracia na escola (leia Três perguntas para). Ao lado do conselho escolar e da associação de pais e mestres, faz parte do tripé que garante a gestão democrática nas escolas, definida tanto na Constituição Federal quanto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB).
Depois de um período de pouca participação nas atividades escolares, o grêmio do Centro Educacional 06 de Ceilândia voltou com toda força no primeiro semestre do ano: organizou a biblioteca e lutou por mais segurança e fiscalização no empréstimo dos livros; pediu a instalação de uma televisão para passar informações importantes aos alunos durante o intervalo; e até organizaram um festival de música, que terá a segunda edição no próximo mês. “Passamos a influenciar outras escolas, que também começaram a ter festivais”, orgulha-se Emerson Sales, 18 anos, estudante do 3º ano.
Para o diretor, Romero de Almeida Sousa(2015/2016), esse tipo de participação é importante para o amadurecimento dos alunos. “Eles desenvolvem a capacidade argumentativa que pode ter influência no futuro, na busca por um emprego, por exemplo”, detalha. A estudante Vitória Nara, 17, também do 3º ano, destaca a relação mais próxima com a direção e o protagonismo dos estudantes como os principais benefícios do grêmio.
Já as alunas do 1º ano Estefane Arruda e Isabel de Lima, ambas de 15 anos, decidiram participar do grupo para ajudar a mudar o comportamento dos colegas. Alguns deles sujam o refeitório durante o intervalo e também há casos de desrespeito com os professores. “Essa escola é muito importante para a minha família. Dos meus oito irmãos, cinco estudaram aqui”, conta Isabel. “Mas, à tarde, têm muitos alunos que não respeitam os outros. Eu queria pelo menos tentar melhorar. Temos de cuidar do que é nosso”, conclui.
Postado em 31/01/2017 - Romero Almeida (Supervisor Pedagógico)
Foi com o objetivo de estreitar o relacionamento entre alunos e direção e representar todo o corpo discente, sem distinção, que a estudante do 2º ano do Sigma Rafaela Andara, 16 anos, decidiu dar continuidade ao trabalho do grêmio. O cenário político atual, de disputas entre Congresso e governo e de manifestações contra a corrupção, também influencia na participação dos estudantes, segundo a Rafaela. Ela acredita que o envolvimento nesse tipo de colegiado ajuda a quebrar o tabu da participação na política. “Isso reflete no grêmio, porque, querendo ou não, nós fazemos política. Isso desperta o interesse do aluno”, relata.
...O grêmio estudantil é uma das principais ferramentas para garantir a formação política dos estudantes e a participação deles na gestão das escolas. Longe de representar a partidarização do ensino, incentivam os alunos a praticarem a cidadania e a lutarem pelos próprios direitos. Desde cedo, eles têm a oportunidade de entender como funcionam organizações coletivas, aprendem a trabalhar em grupo e desenvolvem o poder de argumentação.
Autonomia
O grêmio estudantil deve trabalhar de forma autônoma para defender os interesses do corpo discente, sem a intervenção de professores ou diretores. Entre as tarefas da entidade, está a organização de atividades recreativas e culturais, mas a entidade também tem a função de organizar as lutas dos estudantes por melhorias no ensino, em defesa da educação pública, por mais verbas para a educação e por mais democracia na escola (leia Três perguntas para). Ao lado do conselho escolar e da associação de pais e mestres, faz parte do tripé que garante a gestão democrática nas escolas, definida tanto na Constituição Federal quanto na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB).
Depois de um período de pouca participação nas atividades escolares, o grêmio do Centro Educacional 06 de Ceilândia voltou com toda força no primeiro semestre do ano: organizou a biblioteca e lutou por mais segurança e fiscalização no empréstimo dos livros; pediu a instalação de uma televisão para passar informações importantes aos alunos durante o intervalo; e até organizaram um festival de música, que terá a segunda edição no próximo mês. “Passamos a influenciar outras escolas, que também começaram a ter festivais”, orgulha-se Emerson Sales, 18 anos, estudante do 3º ano.
Para o diretor, Romero de Almeida Sousa(2015/2016), esse tipo de participação é importante para o amadurecimento dos alunos. “Eles desenvolvem a capacidade argumentativa que pode ter influência no futuro, na busca por um emprego, por exemplo”, detalha. A estudante Vitória Nara, 17, também do 3º ano, destaca a relação mais próxima com a direção e o protagonismo dos estudantes como os principais benefícios do grêmio.
Já as alunas do 1º ano Estefane Arruda e Isabel de Lima, ambas de 15 anos, decidiram participar do grupo para ajudar a mudar o comportamento dos colegas. Alguns deles sujam o refeitório durante o intervalo e também há casos de desrespeito com os professores. “Essa escola é muito importante para a minha família. Dos meus oito irmãos, cinco estudaram aqui”, conta Isabel. “Mas, à tarde, têm muitos alunos que não respeitam os outros. Eu queria pelo menos tentar melhorar. Temos de cuidar do que é nosso”, conclui.
Postado em 31/01/2017 - Romero Almeida (Supervisor Pedagógico)
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