O Enem a princípio foi criado pelo Ministério da Educação (MEC) com a finalidade de estabelecer uma estatística, de como estava os alunos matriculados no Ensino Médio, em questão de conteúdo educacional. Com os anos, foi obtendo-se a ideia de usar a nota do aluno tirada no exame para aprovação em diversas universidades federais e faculdades, substituindo-se o vestibular tradicional.
Ano a ano o Enem vem mudando a cara do Ensino Médio e antecipando os resultados que seriam vistos nos vestibulares em todo o país. De tão usado e aprovado, por alunos e professores, o Enem foi denominado como: “A rota para o Ensino Superior”, proporcionando uma maior acessibilidade aos alunos que estão saindo do Ensino Médio às Universidades.
Como Funciona
A estrutura da prova de 2011 terá, assim como o novo modelo aplicado às provas de 2009 e 2010, a divisão em quatro áreas de conhecimento – Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Matemática e Linguagens e Códigos -, além da redação. Como em 2009, foram 180 questões ao todo, 45 para cada área. A grande novidade, com relação à primeira prova deste modelo, foi a inclusão do Exame de Línguas dentro da área de Linguagens e Códigos. No momento da inscrição o estudante pôde optar por fazer a prova de inglês ou espanhol, que trazem cinco questões.
A grande reclamação de alunos e professores com relação ao novo modelo do Enem continua sendo o número de questões, embora alguns já observem um maior nível de objetividade nos enunciados das questões. O estudante Eduardo Magalhães de 19 anos, que realizou a prova em 2009, pensa que o tempo da prova deve ser aumentado, principalmente no dia em que é realizada a redação, para maior empenho do aluno na argumentação desta, sem muita preocupação com o término.
Alef Candian e Gotardo Mendes, ambos com 17 anos e cursando o Ensino Médio, também reclamam do tamanho da prova e do tempo para realizá-la e acrescentam outra crítica: “As áreas em branco da prova para desenvolvimento de questões (rascunhos) costumam ser insuficientes. Para a estudante Bianca Morais, as provas não são exatamente difíceis, mas muito longas e cansativas. Acrescenta ainda, que basta ler com atenção que se acha a resposta no próprio enunciado da questão.
Um outro fator que assusta os candidatos é o fato das questões serem globalizadas, interdisciplinares, exigindo do aluno a articulação de seus conhecimentos para respondê-las. Isso, para alguns especialistas, é um embate de raciocínio, pois, na maioria das vezes desde de criança não se aprende a relacionar as áreas de conhecimento. Mas a maioria das provas se apresentam assim hoje, daí uma grande dificuldade de se realizar uma boa prova.
Além de servir para que instituições de Ensino Superior selecionem estudantes por meio do Sistema de Seleção Unificada (SISU), a nota do Enem serve como certificado de conclusão do Ensino Médio para jovens e adultos que não tiveram a oportunidade de cursar na idade adequada, sendo utilizado assim como uma espécie de supletivo.
Por Emmanuel Porto – 3°E
*O aluno Emmanuel Porto participa da oficina do Jornal-Escola.
Referências:
Revista Guia do Enem, ano 1 nº 1, Editora Arte Antiga
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