Sociologia 2º Bimestre
Conteúdo
do 2º Bimestre: Identidade e diferenças
Temas
dos seminários apresentados: Identidade de gênero,
Identidade racial, Religião, Desigualdade de classes, Trabalho, Música e
mídias, Identidade e Bullying.
Conteúdo
da Prova Multidisciplinar: Religião, Desigualdade de classes e
Identidade.
Religião
Ao longo de milhares de anos a religião
tem tido um importante papel na vida dos seres humanos. Sob uma forma ou outra,
a religião existe em todas as sociedades humanas conhecidas. As sociedades mais
antigas, de que apenas temos conhecimento através dos vestígios arqueológicos,
mostram traços claros de símbolos e cerimônias religiosas. Ao longo da história
subsequente, a religião continuou a ser um elemento central da experiência
humana, influenciando o modo como vemos e reagimos ao meio que nos rodeia.
A religião pode ser definida como um
conjunto de símbolos, significados e crenças compartilhados por determinado
grupo social. As religiões expressam formas de enxergar o mundo e muitas vezes
indicam formas de agir e pensar. Por isso, a religião é considerada uma
instituição social para a sociologia.
Intolerância religiosa
Existe uma diversidade enorme de
religiões no mundo, cada uma possui características próprias que as diferenciam
umas das outras. Há religiões monoteístas (crença na existência de um só Deus)
politeístas (existência de vários Deuses), e religiões que não acreditam em um
Deus especificamente (temos o Budismo como exemplo). Mesmo com tanta
diversidade, ainda existem religiões predominantes. No caso do Brasil, apesar de ser um país de Estado Laico,
predominam as religiões cristãs. A intolerância religiosa ocorre a partir da
crença na superioridade de uma religião em relação a outras. A intolerância
pode se manifestar através de violências verbais, físicas e morais, além de
proporcionar segregação social, ou seja, uma pessoa pode ser privada de
direitos e até mesmo excluída de meios sociais apenas por sua religião. Em casos extremos esse tipo de intolerância torna-se
uma perseguição. Sendo definida como um crime de ódio que fere a liberdade e a
dignidade humana. As liberdades de expressão e de culto são asseguradas pela
Declaração Universal dos Direitos Humanos e pela Constituição Federal.
Fundamentalismo religioso
O fundamentalismo religioso descreve a
abordagem desenvolvida por grupos religiosos que fazem uma interpretação
literal das escrituras ou textos sagrados e acreditam que as doutrinas
presentes nessas escrituras deveriam ser aplicadas à todas as pessoas e a todos
os aspectos da vida social, política e econômica. Os fundamentalistas
religiosos acreditam que apenas é possível uma visão de mundo e que a sua visão
é a correta. Veja a seguir alguns exemplos de fundamentalismo.
Fundamentalismo Islâmico: O
Islamismo é uma religião monoteísta de origem árabe. Segundo o Islamismo há um
único Deus: Alá e Maomé é o seu profeta. O livro sagrado dessa religião é o
Alcorão e seus adeptos são conhecidos como mulçumanos. Esta religião tem crescido muito nos últimos tempos, já sendo considerada
a segunda maior do Planeta. Seus seguidores já ultrapassam a casa dos 1.2
bilhões, com grande parte de seus discípulos localizada nos países
árabes do Oriente Médio e do Norte da África. Os preceitos religiosos islâmicos
estão traduzidos na Sharia (conjunto de regras
presentes nos textos sagrados da religião), que
guia os muçulmanos no seu cotidiano, pois transmite regras de comportamento,
ações, vestimentas e até mesmo alimentação. Existem grupos extremistas nessa
religião, eles acreditam que todas as pessoas devem seguir seus preceitos e com
isso formam grupos terroristas com o objetivo de obter dominação política e
econômica e, assim, conseguir estabelecer suas regras sobre a população.
Fundamentalismo
cristão: Como religião predominante no Brasil, o cristianismo
também ocupa forte posição na política brasileira. Na Câmara dos Deputados
podemos observar a existência de um grupo vasto de deputados cristãos que é denominado
como a “bancada evangélica”. O problema aqui não é a presença de políticos
cristão, mas sim quando há a imposição de valores cristãos em debates sobre as
propostas e criações de leis que alcançarão toda a população brasileira.
Pode-se notar um longo histórico de Projetos de Lei que foram barrados pela
bancada evangélica, como é o caso dos Projetos de Lei que pretendem legislar
contra a homofobia ou defender os direitos da população LGBTT (Lésbicas, Gays,
Travestis e Transexuais). Deve-se lembrar que o Brasil é um país laico, onde a
diversidade de religiões deve ser respeitada e preservada assim como os demais
diretos da população.
Desigualdade de classes
Desigualdade de classes é um conceito
muito importante para a sociologia, pois ele nos ajuda a entender nossa
realidade social e as origens dessas desigualdades. Karl Marx foi quem criou
estudos econômicos, filosóficos e sociológicos sobre esse tema. Segundo este
autor as relações no mundo do trabalho passaram por fortes transformações a
partir da Revolução Industrial e do advento do Capitalismo.
Com esse novo sistema econômico os
trabalhadores foram desapropriados de seus meios de produção e não puderam mais
produzir os bens para seu próprio consumo e subsistência, tendo que vender sua
força de trabalho para os capitalistas que agora eram donos do capital e dos
meios de produção. Essa transformação deu origem a duas classes: Proletariados
e Capitalista. Essas classes possuem interesses antagônicos, ou seja,
interesses muito diferentes: enquanto o capitalista visa o lucro excessivo, o
proletariado luta por melhores condições de trabalho e salários. A luta de
classes gera desigualdade social pois enquanto uma minoria detêm o capital e
recebe todos os lucros, a maioria luta para sobreviver vendendo sua força de
trabalho e sofrendo explorações.
Alienação
Para Marx a palavra alienação significa separação. As
pessoas são separadas do produto final de seu trabalho e não conseguem se
reconhecer mais nele. O trabalho ao invés de ser instrumento para a realização
plena do ser humano e de sua condição humana torna-se, pelo contrário, um
instrumento de escravização, acabando por desumanizá-lo, tendo sua vida e seu
próprio valor medidos pelo seu poder de acumular e possuir.
Quatro sentidos de alienação para Marx
1 alienação no produto - o
trabalhador não reconhece mais o seu produto final, ele se torna um objeto
estranho. A mercadoria não lhe pertence
2 alienação no processo – o
trabalho é exterior ao trabalhador. O benefício do trabalhador não se volta pra
ele, mas para o capitalista. Ele não produz para si mesmo.
3 alienação da vida genérica –
consciência que a pessoa tem de si mesma. O trabalho é uma atividade vital que
deveria trazer prazer. “Mas o homem foge do trabalho como foge da peste” o
trabalho passa a ser um meio de sobrevivência. “Trabalho alienado”
4 alienação da pessoa em relação as demais –
As pessoas não mantêm relações humanas, mas apenas relações dominação e
competição. O trabalhador se vê reduzido à uma mercadoria, ou seja, se vende
para sobreviver.
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