Centro Educacional 06 de Ceilândia
Disciplina:
Educação Física - 2º bimestre
Professoras: Márcia
Andréa / Silvana
Texto 01 - Doenças
cardiovasculares
Definição
Doenças
cardiovasculares (cárdio=coração * vasculares=vasos sanguíneos, incluindo artérias,
veias e vasos capilares) são doenças que afetam o sistema circulatório, ou
seja, os vasos sanguíneos e o coração. Existem vários tipos de doenças
cardiovasculares. Entre as mais comuns podemos referir o infarto do miocárdio,
a angina de peito, entre outras.
A principal
característica das doenças cardiovasculares é a presença da aterosclerose,
acúmulo de placas de gorduras nas artérias ao longo dos anos que impede a
passagem do sangue.
Para
funcionar, o corpo humano precisa de oxigênio. O sangue sai do coração com
oxigênio e atinge todos os órgãos por meio das artérias; depois, volta ao
coração para se reabastecer de oxigênio. Quando as artérias fecham
(aterosclerose), ocorre um infarto na região que não recebeu o oxigênio. Basta
não receber oxigênio, para região entrar em colapso.
As doenças
cardiovasculares incluem:
* Doença
das artérias coronárias.
* Ataque
cardíaco.
* Angina.
* Síndrome
coronariana aguda.
* Aneurisma
da aorta.
*
Arritmias.
* Doença
cardíaca congênita.
*
Insuficiência cardíaca.
* Doença
cardíaca reumática.
Fatores de risco para doenças cardiovasculares
Algumas condições médicas, assim como fatores de estilo de vida,
podem colocar a pessoa sob um risco maior de doenças cardiovasculares. Em
princípio todas as pessoas podem tomar medidas para diminuir o risco de doença
cardiovascular. O controle dos fatores de risco é especialmente necessário para
pessoas que já tiveram doença cardiovascular anterior.
Podem-se dividir os fatores de risco em:
* Condições médicas: altos índices de colesterol, hipertensão
arterial e diabetes mellitus
* Fatores de estilo de vida: tabagismo, sedentarismo, dieta inadequada, obesidade, alcoolismo, etc.
* Fatores de estilo de vida: tabagismo, sedentarismo, dieta inadequada, obesidade, alcoolismo, etc.
* Fatores hereditários: histórico familiar de doenças
cardiovasculares.
Prevenção:
Alimentação adequada evitando alimentos industrializados e ricos
em gorduras, priorizando alimentos naturais; Exercícios físicos; Manter os
índices de colesterol e açúcar sobre controle; Evitar os fatores de risco.
Texto 2- Infarto
Definição
O infarto agudo do miocárdio (IAM),
enfarte agudo do miocárdio (EAM) ou simplesmente ataque cardíaco como é
popularmente conhecido, é um processo de necrose (morte) da parte do músculo
cardíaco, por falta de nutrição e oxigênio, está relacionado a redução do fluxo
sanguíneo coronariano (vasos sanguíneos do coração) de forma que essa
interrupção não seja compensada pelas reservas orgânicas, geralmente oriundo de
um processo denominado aterosclerose. Neste processo a artéria coronária é
obstruída por um coágulo sanguíneo que se prende sobre a placa de gordura
depositada em sua parede, impedindo a chegada do fluxo sanguíneo àquela região,
ocasionando a morte celular dessa porção do músculo, podendo levar à morte
súbita ou a insuficiência cardíaca.
Segundo estimativas do Ministério da
Saúde, no Brasil ocorrem cerca de 300 mil infartos por ano, provocando cerca de
80 mil mortes anualmente. Muitas mortes ou sequelas irreversíveis poderiam ser
evitadas, se o infartado recebesse os primeiros socorros de maneira adequada e
tivesse a sua artéria coronária desobstruída por medicamentos (trombolíticos)
ou através da angioplastia coronária o mais rápido possível. O alto índice de
óbitos não é restrito aos brasileiros. O problema é de escala mundial e atinge
até mesmo pessoas que mantém uma rotina saudável.
O processo que desencadeia o problema
é relativamente lento e pode levar anos. Embora ele seja súbito, o excesso de
colesterol, ou seja, a gordura vai se acumulando ao longo dos anos nas paredes
internas das artérias até interromper totalmente o fluxo de sangue. A partir
dai o sangue passa a fluir devagar devido ao engrossamento das tais placas de
gordura (ateromas) nas artérias. Com isso, o coração passa a ser menos irrigado
e sinaliza isto sob a forma de uma intensa dor, chamada angina. Em pessoas que
já têm uma predisposição genética, ou que apresentam um ou mais fatores de
risco, como hipertensão ou diabetes, este processo é muito mais intenso. No
passo seguinte o ateroma se quebra para cobrir a ferida, o que faz com que as
plaquetas se unam para formar um coágulo de sangue (trombo) até aparecer o
responsável pela total obstrução da artéria: um coágulo que impede que o sangue
passe e, preso, ele deixa de irrigar o miocárdio. A duração deste processo todo
leva apenas alguns minutos. No entanto, se ultrapassar 20 minutos, o dano pode
ser irreversível. Mais raramente, o infarto pode ser causado por espasmo da
artéria coronária (contração súbita da parede da artéria) interrompendo o fluxo
de sangue ou por desprendimento de um coágulo originado dentro do coração e que
se aloja no interior da coronária.
Cada artéria coronária irriga uma
região específica do coração. Sendo assim, a localização do infarto dependerá
da artéria obstruída. A gravidade de um infarto depende muito do tamanho da
área atingida do coração. Se o bloqueio for em uma das principais artérias, é
necessário que o atendimento médico seja urgente. Caso contrário, é morte
certa.
Fatores de risco
Os fatores de risco para o infarto
agudo do miocárdio podem ser classificados em duas categorias:
Fatores mutáveis ou controláveis:
nesse grupo enquadram se aqueles fatores relacionados ao estilo de vida
(sedentarismo, tabagismo, má alimentação, álcool e drogas e excesso de peso) e
aqueles que ligados as doenças que podem ser controladas (hipertensão,
diabetes, apneia do sono).
Fatores imutáveis: são aquelas que
como sugere o nome não podem ser controlados, enquadram se nessa categoria a idade
(risco aumentado para homens acima de 45 anos; risco aumentado para mulheres
acima de 55 anos ou após a menopausa). E o histórico familiar ou predisposição
genética (risco aumentado se pai ou um irmão for diagnosticado com DAC, doença
arterial coronariana, antes de 55 anos de idade; risco aumentado se mãe ou uma
irmã for diagnosticada com DAC antes de 65 anos de idade).
Sintomas
Os sintomas de que um infarto está
prestes a acontecer nem sempre são evidentes: além da dor ou pressão no peito,
pode haver falta de ar, dores nos braços, pescoço, ombros e costas, enjoos e
até mesmo um desmaio. No entanto, algumas pessoas passam pela experiência sem
sentir absolutamente nada.
Complicações
Logo após o infarto o corpo inicia o
processo de cicatrização local e readaptação do miocárdio restante as necessidades
do corpo. Se não surgirem complicações, após alguns meses o processo cicatricial
estará completo. Entretanto, ocorrer outras doenças decorrentes do infarto. São
as chamadas complicações pós-infarto, a gravidade das mesmas se encontra dentro
de uma faixa bem ampla de possibilidades, desde a morte súbita ou incapacidade
permanente, até a ausência total de consequências para a vida futura do
infartado. Entre as complicações possíveis podem ocorrer arritmias cardíacas,
insuficiência cardíaca, aneurisma cardíaco, disfunção das válvulas cardíacas,
etc.
Tratamentos e prevenção
Nem todo infarto é fatal e existem
formas de tratamento para quem já passou pela experiência, a medicina oferece
medicamentos para revascularizar a área atingida. Há também procedimentos e
intervenções cirúrgicas, como a angioplastia, que devolve a irrigação através
de um cateter que viaja pelos vasos até o coração. Nesta técnica, uma espécie
de balão inflado alarga as artérias estreitadas e libera a passagem do sangue.
Em muitos casos, uma espécie de mola pequena (stent) é colocada para garantir a
passagem do sangue e, consequentemente, a irrigação do músculo. Já a ponte de safena é usada em casos mais
graves, onde várias artérias foram bloqueadas pelas placas de gordura. A taxa
de sucesso dessas técnicas chega a 90%. Evitar um infarto exige cuidados
relativamente simples. Se manter longe de fatores de risco, como o tabagismo e
o sedentarismo, já é um começo. Alimentação balanceada, controle do colesterol
e pressão arterial também influenciam. Assim como se procurar alternativas para
aliviar o estresse e a tensão.
Texto 3 - Acidente Vascular
Cerebral – AVC
Definição:
O acidente vascular
cerebral (sigla: AVC), ou como é conhecido popularmente derrame cerebral é
caracterizado pela perda rápida de função neurológica, decorrente do
entupimento (isquemia) ou rompimento (hemorragia) de vasos sanguíneos
cerebrais, provocando a paralisia da área cerebral que ficou sem circulação
sanguínea adequada. É uma doença de início súbito na qual o paciente pode
apresentar paralisação ou dificuldade de movimentação dos membros de um mesmo
lado do corpo, dificuldade na fala ou articulação das palavras e déficit visual
súbito de uma parte do campo visual. Pode ainda evoluir com coma e outros
sinais.
Classificação dos AVCs
O acidente vascular
cerebral pode ser classificado em três tipos: AVC isquêmico. AVC hemorrágico e
ataque isquêmico transitório (AIT)
AVC isquêmico: Ocorre
devido à falta ou diminuição da irrigação sanguínea em alguma região do
cérebro, interferindo com as funções neurológicas dependentes daquela região
afetada, produzindo uma sintomatologia ou déficits característicos podendo
levar à morte daquela região e consequente parada de suas funções. É o tipo
mais comum de AVC correspondendo a 80% dos casos. Essa diminuição do fluxo
sanguíneo cerebral por três razões principais: obstrução da artéria por um
trombo ao embolo; diminuição da pressão sanguínea por choque e obstrução na
drenagem do sangue venoso impedindo a entrada do sangue arterial no cérebro.
Nesse tipo não morte de tecido cerebral logo de início, mas por ser uma região
muito ativa e que consome uma grande quantidade de energia a área central do
acidente morre rapidamente.
O AVC do tipo hemorrágico:
é o menos comum 20% dos casos, aqui ocorre o rompimento de uma arterial
intracerebral provocando uma hemorragia, prejudicando o tecido e a função
cerebral. Um AVC por aneurisma cerebral está dentro do tipo hemorrágico, e
ocorre porque o aneurisma cerebral rompeu, extravasando sangue dentro do
cérebro. O acidente vascular isquêmico consiste na oclusão (entupimento) de um
vaso sanguíneo que interrompe o fluxo de sangue a uma região específica do
cérebro, s. Em torno de 80% dos acidentes vasculares cerebrais são isquêmicos.
No acidente vascular hemorrágico existe hemorragia (sangramento) local, com
outros fatores complicadores tais como aumento da pressão intracraniana, edema
(inchaço) cerebral, entre outros, levando a sinais nem sempre focais. Em torno
de 20% dos acidentes vasculares cerebrais são hemorrágicos. Ambas as
eventualidades são situações potencialmente graves, que podem levar à morte e
que, no mínimo, causam paralisia ou dificuldades de movimentação dos membros de
um lado do corpo, dificuldades da fala, déficit visual súbito e outros
transtornos de menor gravidade. Frequentemente ocorre o coma, reversível ou
não.
As causas mais frequentes do AVC isquêmico são:
Embolia cardíaca. Este
tipo é frequentemente visto em pessoas com histórico de doenças cardíacas como
infarto ou miocardiopatia dilatada (coração dilatado). Também é o mecanismo
relacionado a quem tem arritmias cardíacas, como a Fibrilação Atrial.
Placas ateroscleróticas
obstruindo as artérias do cérebro. Este tipo de causa de AVCi ocorre em quem
tem placas de gordura obstruindo parcial ou totalmente as artérias dentro do
cérebro ou as artérias que levam sangue do coração para o cérebro (no específico
caso, as artérias carótidas e vertebrais).
Dissecções arteriais com
embolia para o cérebro. Este tipo de causa de AVC é muito mais frequente em
pessoas jovens que apresentam AVC isquêmico.
Ataque Isquêmico
Transitório – AIT. Chamamos essa interrupção é temporária, transitória, isso é
o mecanismo do AIT.
Se o AVC é hemorrágico,
como falamos anteriormente, o problema foi o extravasamento de sangue dentro do
cérebro. As causas mais frequentes de AVC hemorrágico são:
Hematoma intracerebral.
Neste tipo de AVC hemorrágico, o sangramento acontece dentro do tecido
cerebral, levando a condições de maior pressão dentro do cérebro e edema /
inchaço das estruturas locais. Estes mecanismos levam à lesão neurológica. A
causa mais comum dos hematomas intracranianos é por picos de hipertensão
arterial não controlada (pressão alta que não é controlada); outras causas
menos comuns são sangramentos por uso de medicações, por malformações
arteriovenosas.
Hemorragia subaracnóidea.
Ocorre quando há vazamento de sangue intracerebral devido a ruptura de um
aneurisma intracraniano. O sintoma mais frequente é a cefaleia súbita muito
intensa, que costuma dar mal-estar e bastante dor, às vezes com desmaios na
hora da dor. A dor súbita deste tipo de AVC é exatamente a hora em que ocorre a
ruptura do aneurisma.
Alguns fatores de risco
são descritos e estão comprovados na origem do acidente vascular cerebral, independentemente
do tipo, entre eles estão: a hipertensão arterial, doença cardíaca, fibrilação
atrial, diabetes, tabagismo, obesidade, colesterol elevado, hiperlipidêmicas.
Outros fatores que podemos citar são: o uso de pílulas anticoncepcionais,
álcool, drogas ou outras doenças que acarretem aumento no estado de
coagulabilidade (coagulação do sangue) do indivíduo. O mais comum é que o
acidente vascular cerebral ocorra em pessoas de idade avançada, como
consequência do enfraquecimento dos vasos sanguíneos, mas também pode acontecer
em jovens e até mesmo em crianças. Até os 50 anos de idade, os AVCs são mais
frequentes nos homens que nas mulheres, mas daí em diante as taxas se igualam. Pessoas
negras também têm mais chances de desenvolver AVC.
Os sintomas do AVC
dependem da extensão, da localização e do tipo do mesmo (isquêmico ou
hemorrágico). Em alguns casos, a pessoa pode nem mesmo ter ciência de que
sofreu um AVC, mas na maioria das vezes os sintomas surgem de repente; em
alguns casos podem ser progressivos, durante um ou dois dias. Os mais comuns
são: Diminuição ou perda súbita da força na face, braço ou perna de um lado do
corpo, alteração súbita da sensibilidade com sensação de formigamento na face,
braço ou perna de um lado do corpo, perda súbita de visão num olho ou nos dois
olhos, alteração aguda da fala, incluindo dificuldade para articular, expressar
ou para compreender a linguagem, dor de cabeça súbita e intensa sem causa
aparente, instabilidade, vertigem súbita intensa e desequilíbrio associado a
náuseas ou vômitos. Identificar os sintomas é muito importante, pois quanto
mais rápido for o atendimento melhores são as chances de recuperação do
paciente.
Existem três estágios de
tratamento do acidente vascular cerebral: tratamento preventivo, tratamento do
acidente vascular cerebral agudo e o tratamento de reabilitação pós-acidente
vascular cerebral. Os AVCs têm tendência de se repetirem. Em cerca de 25% dos
casos há a ocorrência de um novo AVC dentro de cinco anos.
Referências
www.abc.med.br – acessado em fevereiro 2016.
www.coracaoalerta.com.br –
acessado em fevereiro 2016.
www.ineuro.com.br –
acessado em fevereiro 2016.
www.scielo.br/artigos.
– acessado em fevereiro 2016.
www.tuasaude.com.br –
acessado em fevereiro 2016.
Postagem: Fernanda Martins
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