CENTRO EDUCACIONAL 06 DE CEILÂNDIA
PROF. FRANCISCO A. MIRANDA
C. CURRICULAR: FILOSOFIA
TEMA – O EXISTENCIALISMO E A ESCOLA
DE FRANKFURT[1]
ATIVIDADE AVALIATIVA DE PESQUISA 2016.4 – 3 ANOS
Observações fundamentais:
01.
[Na primeira linha] - Escreva o
seu nome completo sem abreviação,
seguido pelo número, série, turma e turno. (Ex. Francisco Alves de Miranda, Nº 01, 3º A).
02.
[Na segunda linha] - Escreva o título do trabalho (caderno) – O existencialismo e a escola de Frankfurt.
03.
O trabalho é individual e deve ser escrito no caderno (contendo perguntas e respostas).
04.
As perguntas e respostas devem
ser escritas à caneta de tinta cor azul ou preta. Perguntas de uma cor e respostas de outra. O
valor do trabalho (2,0) dois pontos.
05.
Data
de entrega – [07-11/11/2016].
06.
A entrega do trabalho corresponde
ao dia da Primeira Aula
exclusivamente.
07.
Caso esteja impedido de
comparecer a aula, favor apresentar atestado
médico correspondente ao dia da entrega, ou, em último caso, pedir a um
familiar ou colega para trazer e apresentar o seu caderno conforme data
prevista.
08.
Todas
as questões devem ser respondidas, caso contrário,
não será aceito (o trabalho).
09.
Observe a quantidade de linhas (não será permitida quantidade
inferior ao número solicitado).
10.
Faça a enumeração das linhas em
todas as questões. Exemplo: 01, 02, 03 em diante.
11.
Cópias
[trabalhos idênticos] não serão permitidas. Por
garantia não revele sua fonte de pesquisa e, tampouco, partilhe o seu caderno.
As redações serão lidas em sala.
CENTRO
EDUCACIONAL 06 DE CEILÂNDIA
PROF.
FRANCISCO A. MIRANDA
C.
CURRICULAR: FILOSOFIA
TEMA
– Existência: singularidade inconfundível
Atividade Avaliativa de Pesquisa
Observações fundamentais:
12.
[Na primeira linha] - Escreva o seu nome completo sem abreviação, seguido pelo número, série,
turma e turno. (Ex. Francisco Alves de
Miranda, Nº 01, 3º A), em seguida - [segunda linha] - escreva o título do trabalho (caderno) – O sistema hegeliano.
13.
O trabalho é individual e deve ser escrito no caderno (contendo perguntas e respostas).
14.
As perguntas e respostas devem
ser escritas à caneta de tinta cor azul
ou preta. Perguntas de uma cor e
respostas de outra. O valor do trabalho (2,0) dois pontos.
15.
Data
de entrega – [26-30/10/2016].
16.
A entrega do trabalho corresponde
ao dia da Primeira Aula exclusivamente.
17.
Caso esteja impedido de
comparecer a aula, favor apresentar atestado médico correspondente ao dia da
entrega, ou, em último caso, pedir a um familiar ou colega para trazer e
apresentar o seu caderno conforme data prevista.
18.
Todas
as questões devem ser respondidas, caso contrário,
não será aceito (o trabalho).
19.
Observe a quantidade de linhas (não será permitida quantidade
inferior ao número solicitado). Faça a enumeração das linhas. Exemplo: 01, 02, 03 em diante.
20.
Cópias
[trabalhos idênticos] não serão permitidas. Por
garantia não revele sua fonte de pesquisa e, tampouco, partilhe o seu caderno.
As redações serão lidas
em sala.
01
- Introdução - o existencialismo
Existir como
quem se atira à possibilidade de ser em abertura permanente, eis o verbo que
bem define o ser humano. Existir é a maneira de ser de um único vivente, o ser
humano. Os demais seres vivem, no entanto, não existem. Todos estão como que
cerrados ao seu contexto biológico, já o ser humano para ser realmente humano
ele precisa sobressair ao seu mundo biológico. Daí a palavra ek-sistencia (fora de si). Em simples
palavras, ele só é sendo no mundo. Neste caso o mundo é o pano de chão de sua
efetivação.
Costuma-se
indicar por existencialismo, desde 1930 aproximadamente, um conjunto de
filosofias ou de correntes filosóficas cuja marca comum não são os pressupostos
e as conclusões, mas o instrumento de que se valem: a análise da existência.
Antes propriamente
da abordagem sobre o existencialismo, parece oportuno dizer o que significa
existência.
1.
Existir
significa relacionar-se com o mundo, ou seja, com as coisas e com os outros
homens, e como se trata de relações não-necessárias em suas várias modalidades,
as situações em que elas se configuram só podem ser analisadas em termos de
possibilidades;
2. A
questão de saber que coisas existem é o tema central em ontologia. Discutem-se
assuntos como a existência ou não de objetos abstratos;
3. Uma
segunda questão é a de saber o que é a existência.
Alguns filósofos defendem que a existência é (pelo menos por vezes) uma
propriedade de objetos isto é, uma propriedade de primeira ordem como a
propriedade de ser alto ou bonito.
4. Outros
filósofos defendem que a existência nunca é uma propriedade de objetos, mas
antes uma propriedade de propriedades isto é, uma propriedade de segunda ordem.
Ou seja, quando dizemos que Pégaso não existe, não estamos a dizer que Pégaso
não tem a propriedade da existência mas que a propriedade de ser Pégaso não tem
objetos na sua extensão isto é, nada existe com a propriedade de
ser Pégaso.
Já no que diz
respeito ao existencialismo, pode-se dizer que é o movimento filosófico
constituído por diversas doutrinas. O existencialismo:
1. Pode
ser entendido como um modo de ser do homem (Dasein,
segundo Heidegger) no mundo, em determinada situação, analisável em termos de
possibilidades. A análise existencial é, portanto, a análise das situações mais
comuns ou fundamentais em que o homem vem a encontrar-se.
2. É
assim chamado porque assume como tema central do filosofar a existência. No
entanto, da existência, ao menos em sua relação com o ser, tem-se ocupado a
filosofia, porque não cabe outro modo de filosofar senão a partir dos seres e
de sua realidade ou existência.
3. É
uma corrente ou filosofia nova que nasce depois da Primeira Guerra Mundial e
obtém toda sua pujança com o cataclismo da Segunda Guerra Mundial e depois
dela. É, então, quando essa filosofia se populariza, principalmente a partir da
década de sessenta.
Este movimento
filosófico (constituído por diversas doutrinas) está unido por dois aspectos
fundamentais:
1. O
objeto da sua reflexão é a existência humana entendida como realidade
individual concreta que não se explica nem se demonstra mas unicamente se
descreve;
2. Reage
contra a identificação hegeliana entre realidade e racionalidade porque a existência
não está iluminada pela luz da razão. Afirmar, como o fez Hegel
que tudo o que é real é racional implica desvalorizar os aspectos dramáticos,
angustiantes, imprevisíveis e absurdos que caracterizam a existência humana.
O
Existencialismo pretende falar do ser
humano concreto. Nada lhe dizem as ideias ou noções abstratas nem os grandes
sistemas racionais que tudo julgam poder explicar e solucionar. O que lhe
interessa é descrever o indivíduo, a realidade singular em devir,
dramaticamente comprometida ou envolvida nas suas escolhas e opções.
O
existencialismo assume a especulação da existência de um modo peculiar. Não se
trata de um conceito abstrato da existência da doutrina clássica, mas de um
sentido totalmente novo que vem a significar o modo de ser próprio da
existência humana considerada em concreto, como aquele modo de ser pessoal e
individual do homem que, por sua singularidade, escapa a toda universalização e
racionalização do pensamento.
O problema do
sentido do ser se põe então como questão central do existencialismo, o que
significa em seus principais representantes o renascer da ontologia contra a
gnosiologia moderna. Em conformidade com o existencialismo, não se pode
especular sobre o ser de fora e com conceitos abstratos; a única relação que se
pode ter é com o ser concreto, o ser-aí do existente humano. O problema do ser
tende assim a se resolver no problema do existir.
A ontologia construída nesta direção trata
de captar o sentido do ser no existente concreto, quer dizer, na existência.
Esse novo conceito de ontologia se apresenta em oposição a toda ontologia ou
metafísica essencialista. Ora, a filosofia existencial se nega a reduzir o ser
humano, sua personalidade, a uma entidade qualquer. As coisas são; só o ser
humano existe. O homem não pode reduzir-se a animal racional, social, um ente
psíquico ou biológico. O homem, em rigor, não é um ente, porque é mais um
existente, ou melhor, este existente. O homem não é, pois, nenhuma substância
suscetível de ser determinada objetivamente. Seu ser é um constituir-se a si
mesmo.
A consequência
dessa postura filosófica é o fato de que o ser humano (Dasein) nunca é e nunca encerra em si a totalidade infinita, o
mundo, o ser ou a natureza. Portanto, para o existencialismo, o termo
existência tem significado completamente diferente do de outros termos como
Consciência, Espírito, Pensamento, dentre outros, que servem para interiorizar
ou, como se diz, tornar “imanente” no homem a realidade ou o mundo em sua
totalidade.
A época do
existencialismo é a época de crise: a crise daquele otimismo romântico que,
durante todo o século XIX e a primeira década do século XX, “garantia” o
sentido da história em nome da Razão, do Absoluto, da Ideia ou da Humanidade,
“fundamentava” valores estáveis e “assegurava” um progresso certo e
incontestável. O existencialismo, em contrapartida, considera o ser humano como
um ser finito, lançado no mundo e continuamente dilacerado por situações
problemáticas ou absurdas. É pelo homem, o homem em sua singularidade, que o
existencialismo se interessa.
O
principal representante da corrente existencialista é Sartre,
embora se considere que as raízes da filosofia existencialista remontam pelo
menos a Kierkegaard. O filósofo
dinamarquês revoltou-se contra a crença tipicamente hegeliana de que a razão
podia resolver os problemas fundamentais da vida fossem eles morais, religiosos, políticos ou artísticos.
O
resultado desta confiança cega na razão foi a construção de poderosos sistemas
filosóficos que tudo pretendiam explicar mas cujo grau de abstração era tal que
perdiam de vista a realidade concreta individual ou lhe atribuíam pouca
importância. Autenticidade, responsabilidade, escolha, angústia, singularidade,
absurdo, são alguns dos conceitos que o movimento existencialista encontra em
Kierkegaard e utilizará conforme a orientação dos seus representantes.
Sartre
representa o existencialismo ateu, Gabriel Marcel o existencialismo cristão.
Outros pensadores, como Heidegger e
Karl Jaspers, e Albert Camus, são por alguns historiadores da filosofia
incluídos neste movimento muito heterogéneo.
1.1. Sören Aabye Kierkegaard
O filósofo
dinamarquês Sören Aabye Kierkegaard (1813 - 1855) firma que a existência é
sempre minha existência, singular e inconfundível. Ela corresponde à realidade
singular, ao homem singular. Para o filósofo o ser humano tem diante de si
várias opções possíveis e é inteiramente livre. Isso significa afirmar a
importância suprema do indivíduo e das suas escolhas lógicas ou ilógicas.
Significa também
afirmar que não existe qualquer predeterminação com respeito ao homem, e que
esta indeterminação e liberdade levam o homem a uma permanente angústia. O
filósofo vai dizer ainda que a verdade não é encontrada através do raciocínio
lógico, mas segundo a paixão que é colocada na afirmação e sustentação dos
fatos: a verdade é subjetividade.
A consequência
de ser a verdade subjetiva é que a liberdade torna-se ilimitada.
Consequentemente não se pode, também, fazer qualquer afirmativa sobre o homem.
O pensamento fundamental de Kierkegaard, e que veio a se constituir em linha
mestra do existencialismo, é este: inexiste um projeto básico, para o homem
verdadeiro, uma essência definidora do homem porque cada um se define a si
mesmo e assim é uma verdade para si.
Desta forma, o
existencialismo tem como precursor reconhecido Kierkegaard. Ele se opõe a
filosofia especulativa, ao sistema abstrato de conceitos universais alheios a
realidade vivente e, propõe uma filosofia da subjetividade ou da existência
concreta do indivíduo humano.
Existir é ser
indivíduo, o abstrato não existe. O existente é o homem vivente, que dirige sua
atenção sobre o feito de que existe, que não se encerra na especulação
abstrata, mas que vive seus próprios problemas existenciais. Porque ser
indivíduo é eleger e apaixonar-se, a existência é o momento da decisão e da
paixão.
1.2.
Martin Heidegger
Martin Heidegger
(1889 - 1976) nasceu em Messkirch, na Alemanha. Desenvolveu sua formação
filosófica na Universidade de Freiburg, onde foi discípulo de E. Husserl. Em
1927, publicou a sua obra fundamental, Ser
e Tempo. Heidegger em Ser e Tempo
vai tematizar a problemática do Ser.
Ele constata que a filosofia nunca conseguiu resolver tal problemática de
maneira satisfatória, pois desde as primeiras reflexões, com Platão, que
centrou a questão no mundo das ideias, e Aristóteles, que tratou propriamente
da substância, ocorreu um desvio de seu ponto central; quem é o ser, ninguém
disse, segundo Heidegger.
Heidegger
procura - a partir de uma crítica radical à tradição filosófica, da metafísica
ocidental que se origina em Platão – dar um novo rumo, um novo sentido à
filosofia, que fosse também a busca de algo mais originário, mais fundamental:
a retomada da Ontologia, a superação do “esquecimento do Ser”, que teria se
produzido nessa tradição. O referencial reflexivo, ou seja, o horizonte de
fundo da sua investigação é o do sentido de ser, os modos e as maneiras de
enunciação e expressão de ser. Assim, Heidegger põe a claro a desvirtuação
dessa investigação ao longo da tradição que sempre se prendeu a uma compreensão
ôntica, dominada pelo ente, em vez de se dedicar adequadamente ao estudo do
ser.
Heidegger
escolhe o termo Dasein (que significa
ser-aí, esta-aí) e não o de “homem” ou o de “sujeito”, precisamente, para
evitar certos equívocos herdados da tradição (ou seja, da metafísica clássica). Ser-aí
é diferente do homem-sujeito da metafísica moderna. Ele caracteriza-se por uma
relação consigo mesmo que é, de imediato, relação com o ser. Essa relação pode
ser traduzida aqui também por existência. Para Heidegger, ser é a maneira como
algo se torna presente, manifesto, entendido, percebido, compreendido e
finalmente conhecido para o ser humano (no caso, para o ser-aí).
A filosofia
heideggeriana criticou basicamente a antiga confusão entre ente e ser, ocorrida ao
longo de toda a história da filosofia. Para Heidegger, o ente é a existência, o
modo de ser do homem. O ser é a essência, aquilo que determina a existência ou
o modo de ser do homem. A partir dessa diferenciação é possível estabelecer
duas fases da filosofia heideggeriana: na primeira, ela busca o conhecimento do
ser através da análise do ente. Na segunda, o ente é abandonado e o próprio ser
trona-se a chave para a compreensão da existência.
Para o filósofo,
o ser humano é o ponto de partida para a compreensão do ser, que deve ser
estudado na sua forma pura, ou seja, o indivíduo deve ser analisado
independentemente de todas as determinações dadas a seu respeito. Heidegger,
através do método fenomenológico, expõe a problemática do ser, as suas
características básicas (ou o mesmo que existências). Essas características
são:
1. Primeiramente,
o ser-aí, ou ser-no-mundo: o ser
humano modifica a situação presente, de acordo com as suas pretensões, não se
encontra preso a qualquer circunstâncias;
2. A
segunda consiste na própria existência, que manifesta a sua natureza humana, a
sua essência, compreendendo-se a si próprio descobre o que pode ser;
3. Finalmente,
a temporalidade: o indivíduo é futuro, sempre que direciona suas ações; é
passado, pois sempre parte de uma situação já ocorrida para colocar em prática aquelas
ações; é presente, pois faz uso das realidades que o rodeiam.
(CHALITA,
2004, p. 364-365)
Articulando os
três traços próprios do ser,
Heidegger afirma que a vida do homem pode ser autêntica ou inautêntica:
1. A
vida será inautêntica, ou banal, se o
Dasein (o ser humano) estiver preso
ao passado, ocupando-se de projetos que mais cedo ou mais tarde cessarão; se
for levado pela conveniência, pelo conformismo, pelo que já se encontra
previamente decidido.
2. A
vida será autêntica se o Dasein (o ser humano) chama a si as
responsabilidades, projetando-se para o futuro, tomando consciência da
possibilidade última e certa de todo e qualquer ser humano, a morte, ou seja,
aceitando sua própria finitude.
Um sentimento
profundo que faz o homem despertar da existência inautêntica é a angústia, pois ela revela a nossa
impessoalidade no cotidiano, o abandono do nosso próprio eu diante do mundo
como um todo. Essa angústia é a da morte, sentida por um ser que é precisamente
ser-para-a-morte, ou seja, enquanto poder-ser, o homem está sob o perigo da
morte, mas é exatamente esse poder-ser que o ameaça. Essa emoção não se traduz
por um medo mundano de morrer, de terminar a vida, mas origina-se da abertura
que é o fato de que o Dasein,
enquanto jogado no ser, existe em direção ao seu fim.
A morte não é o instante da morte, mas o
fato de se relacionar ao possível enquanto possível, numa relação privilegiada
com o possível que não se consome em sua realização, mas como possibilidade
única que é o ser-para-a-morte. A morte é somente relação-com-a-morte. A
fenomenologia dessa relação-com-a-morte é totalmente imanente, e me concerne
como existente. Ela está colocada antes de toda pesquisa biológica,
psicológica, teológica a propósito da morte.
No sentido mais
amplo, a morte seria um fenômeno da vida, entendida esta como um modo de ser ao
qual pertence um ser-no-mundo, de modo que a essência da morte se determina a
partir da essência ontológica da vida. Assim, a minha totalidade enquanto
ser-aí em seu ser-para-a-morte é o que caracteriza a vida desde seu nascimento,
como possibilidade mais própria e unicamente minha.
Em síntese, todo
projetar leva o Dasein ao nível das
coisas e do mundo, a uma existência inautêntica. Agora, entre tantas
possibilidades, há uma a qual o Dasein não pode se esquivar (escapar): trata-se
da morte. Não posso deixar de morrer. Esta é a possibilidade das
possibilidades. Entretanto, quando a morte torna-se realidade, não há mais
existência. Ela impossibilita todas as possibilidades. Isso significa dizer que
enquanto possibilidade, a morte não dá ao Dasein nada a realizar, posto que ela
é a possibilidade da impossibilidade de todo projeto e, com isso, de toda
existência (nulidade de todo projeto).
1.3.
Jean-Paul Sartre
Jean-Paul Sartre
(1905 - 1980), filósofo existencialista, foi dentre os filósofos, o que mais
esteve presente nos acontecimentos do século XX. Seu pensar existencialista nos
dá uma visão totalmente diferente da visão tradicional no que consiste à
existência humana.
Uma questão que
deve ser esclarecida de antemão diz respeito a compreensão entre essência e a
existência. A concepção tradicional, ao considerar o homem como uma criatura de
Deus, pressupõe que cada ente humano é a concretização de uma ideia de Deus.
Isso aconteceria de modo analógico à construção de uma casa, seguindo a planta
de um arquiteto. Assim, embora essa visão tradicional do homem inclua a
liberdade, o seu ser, sua essência lhe é dada de antemão.
Os
existencialistas, ao contrário, dizem que entre todos os entes do mundo, o
homem é o único que existe, é o único ente capaz de transcender-se, capaz de
conquistar seu próprio ser. Evidentemente, eles não negam o ser que recebemos
de nossos pais, da cultura, religião, escola e mídia; pelo contrário, insistem
que existimos sempre situados e que a nossa liberdade é sempre exercida dentro
dos limites desse ser dado.
De fato,
simplesmente fomos lançados no mundo (não foi nossa a escolha de nascermos). No
entanto, se nós somos existência, isso significa que nosso ser próprio ou
específico não é o recebido; ao contrário, o ser que caracteriza o ser humano é
aquele que ele mesmo, no exercício da liberdade, se dá transcendendo-se a si
mesmo, indo além da sua situação.
Essa concepção
insiste sobre o fato de que o ser (humano) não é um ente acabado, muito mais um
poder-ser, um vir-a-ser contínuo, um projeto que se define só com a morte. Por
isso, Sartre diz que o ser humano está
condenado à liberdade. O ser é condenado a dar-se seu próprio ser. O homem,
assim, se dá sua própria essência. Como ele diz, mesmo não querer optar, é uma
opção.
A principal obra
filosófica de Sartre é O Ser e o Nada,
publicada em 1939. Nessa obra, ele ataca duramente a teoria aristotélica da
potência. Para Sartre, o ser é o que ele é. Trata-se, na linguagem sartreana,
do ente em-si. Esse ente não é ativo nem passivo, nem
afirmação nem negação, mas simplesmente repousa em si, maciço e rígido.
A consciência é
sempre consciência de algo, de algo que não é consciência. O ser-em-si, isto é,
os objetos que transcendem a consciência, não são a consciência. Em outras
palavras, eu tenho consciência dos objetos do mundo, mas nenhum desses objetos
é a minha consciência. Então, o que é a consciência? Segundo Sartre é um nada de ser e, ao mesmo tempo, um poder
nulificador, o nada, em uma palavra, é possibilidade.
Uma questão que
pode ser posta aqui diz respeito a consciência: o que a constitui? É a
liberdade. Então, o que é a liberdade? Ela não é um ser, mas, o ser do homem,
isto é, o seu nada de ser. A liberdade é constitutiva da consciência: eu estou
condenado a existir para sempre além dos moventes e dos motivos do meu ato: eu
estou condenado a ser livre. Isso significa que não se pode encontrar limites
para a minha liberdade além da própria liberdade ou, se assim se preferir, que
não somos livres de deixar de ser livres.
Decorre que é o
ser humano que se escolhe já que ele é projeto e a sua liberdade é
incondicional. Outrossim, o ser humano pode mudar o seu projeto fundamental a
qualquer momento pois somente ele é capaz de rever a sua postura existencial, a
sua experiência de liberdade.
Em sua outra
obra intitulada de O Existencialismo é um Humanismo, Sartre afirma que a
existência precede a essência e, isso significa que o homem primeiramente
existe, se descobre, surge no mundo, e que só depois se define. E o que
significa existência? Significa fora de si, quer dizer que o homem, tal como
concebe o existencialista, não é nada enquanto realidade definitiva, dada,
acabada, é pura possibilidade, ele é mais o quer ele projeta ser.
Vale salientar
que esse mesmo homem que é dado como possibilidade, subjetividade, é também um
ser responsável, capaz de escolhas, aliás, segundo Sartre, quando me escolho
estou escolhendo todos os homens. Ora, isso implica que o ato individual
envolve toda a humanidade. Mas, atenção! Se não há determinismo, ou seja, se
nada de antemão está determinado para o homem, implica que toda a sua conduta
de vida, todos os valores existentes têm de serem gestados e justificados pelos
homens, uma vez que Deus não existe. Como diz Sartre, estamos sós, sem desculpas.
É possível a
partir desse ponto de vista entender o significado da expressão “o homem está
condenado a ser livre”, condenado porque não se criou de si mesmo e, no
entanto, livre, porque, uma vez lançado ao mundo, é responsável por tudo aquilo
que faz. Aqui, a liberdade é uma liberdade absoluta assim como a
responsabilidade, todavia ela só pode ser entendida em relação com os outros.
Uma consequência
de imediato dessa postura filosófica, para o homem, é que ele está condenado a
todo instante a inventar o homem, ou seja, a si próprio. Invenção essa que
pressupõe liberdade, responsabilidade e interação com os outros. Há aqueles que
vão além nessa postura filosófica existencial ao afirmarem que o homem não só
deve ter responsabilidade para consigo, com os outros mas, também, para com
toda a natureza.
1.4.
Albert Camus
A filosofia
contemporânea, em especial, a filosofia da existência presencia os grandes
acontecimentos que marcaram o século XX. E, os filósofos desta corrente
participaram ativamente destes acontecimentos. Albert Camus (1913 - 1960),
argelino, não fugiu a regra, foi um pensador profundamente engajado com a
problemática do seu tempo.
O argelino Camus
abordou, em seus ensaios literários, vários temas tratados pelos filósofos
existencialistas, sobretudo o tema do absurdo
(o incompreensível, o desprovido de sentido). Camus sem pretender fazer
filosofia ou metafísica, dizia que o único problema filosófico relevante é o
suicídio, que só ocorre porque há um divórcio entre o homem e a sua vida.
Julgar se a vida
vale ou não a pena ser vivida é responder à pergunta fundamental da filosofia.
O resto, se o mundo tem três dimensões, se o espírito tem nove ou doze
categorias, vem depois. Trata-se de jogos; é preciso primeiro responder. E se é
verdade, como diz Nietzsche, que um filósofo, para ser estimado, deve pregar
com o seu exemplo, percebe-se a importância dessa resposta, porque ela vai
anteceder o gesto definitivo. São evidências sensíveis ao coração, mas é
preciso ir mais fundo até torná-las claras para o espírito.
Pergunta Camus
em O Mito de Sísifo: qual é o
sentimento incalculável que priva o espírito do sono necessário para a vida? Um
mundo que se pode explicar, mesmo com raciocínios errôneos, é um mundo
familiar. Mas num universo repentinamente privado de ilusões e luzes, pelo
contrário, o homem se sente um estrangeiro. É um exílio sem solução, porque
está privado das lembranças de uma pátria perdida ou da esperança da terra
prometida. Esse divórcio entre o homem e sua vida, o ator e seu cenário é
propriamente o sentimento do absurdo. E como todos os homens sadios já pensaram
no seu próprio suicídio, pode-se reconhecer, sem maiores explicações, que há um
laço direto entre tal sentimento e a aspiração ao nada.
Camus propõe
como referencial reflexivo o sentimento do absurdo, ou seja, a questão do
sentido do viver humano, sentimento esse tão bem vivenciado pelo homem
contemporâneo. Para o pensador, o que mais efetivamente chama a atenção neste
mundo em que se vive é, em geral e em primeiro lugar, que a maioria dos homens
não tem futuro algum. Ora, nenhuma vida é válida sem projeção no futuro. O medo
e a angústia não são invenções dos filósofos, mas algo constitutivo da condição
humana enquanto tal.
Camus falando do
homem absurdo diz o seguinte: eis propriamente o enunciado absurdo. O que é, de
fato, o homem absurdo? Aquele que, sem negá-lo, nada faz pelo eterno. Não que a
nostalgia lhe seja alheia. Mas prefere a ela sua coragem e seu raciocínio. A
primeira lhe ensina a viver sem apelo e a satisfazer-se com o que tem, o
segundo lhe ensina seus limites. Seguro de sua liberdade com prazo determinado,
de sua revolta sem futuro e de sua consciência perecível, prossegue sua
aventura no tempo de sua vida. Este é seu campo, lá está sua ação, que ele
subtrai a todo juízo exceto o próprio. Uma vida maior não pode significar para
ele uma outra vida. Seria desonesto. Nem mesmo falo aqui dessa eternidade ridícula
que chamam de posteridade.
Não há
eternidade. O que resta é um destino cuja única saída é fatal. À margem dessa
fatalidade única da morte, tudo, alegria ou felicidade, é liberdade. Surge um
mundo cujo único dono é o homem. O que atava era ilusão de outro mundo. Não
mais a fábula divina que diverte e cega, mas o rosto, o gesto e o drama
terrenos em que se resumem uma difícil sabedoria e uma paixão sem amanhã.
Ainda para Camus
o grande mal da época presente é o sentimento do absurdo: viver tem um sentido
que é a própria condição de ser esse mesmo sentido, mas existe, todavia, um
inalienável sentimento que abala: trata-se da consciência e da necessidade de
uma certa familiaridade que exige que o mundo seja explicado.
Camus em Actuais transcreve o sentido do absurdo
de um mundo conduzido por forças cegas e surdas: este mundo não pode ser
reduzido nem a um princípio racional, nem a um absoluto que lhe confira
unidade. Num mundo conduzido por forças cegas e surdas, incapazes de ouvir os
gritos de alerta, as súplicas, num universo assim privado de sentido, o homem
sente-se um estrangeiro. Mas o que
caracteriza propriamente o absurdo? É o fato de o homem ser estrangeiro à sua
própria vida. Mas, o que significa ser estrangeiro? Na obra O Mito de Sísifo Camus deixa
transparecer o sentido do absurdo. Camus ao transcrever o herói, define-o com
maestria:
“Sísifo é o
herói do absurdo. Sísifo é o herói absurdo tanto pelas suas paixões como pelo
seu tormento. O seu desprezo pelos deuses, o seu ódio à morte e a sua paixão
pela vida valeram-lhe esse suplício indizível em que o seu ser se emprega em
nada terminar. A tormenta fatigante da labuta perpetua de sua missão, as tantas
quedas, desânimos, angústias e tristezas, tornam-no em um ser resignado,
revoltado, mas que ama a vida a tal ponto de subtrair a confiança dos deuses e
enganar a própria morte”.
É por amor à
vida que Sísifo não se entrega ao cansaço dando-se por vencido. Se a meta é pôr
a pedra no sopé da montanha, ele é a própria pedra. Ora, isso é absurdo, todavia,
a vida em certas circunstâncias é absurda, é causa sem causa. A grande questão
proposta por Camus é saber se a vida tem ou não tem um sentido para ser vivida.
A resposta a essa questão passa pela própria compreensão de sentido. Se o sentido for o absurdo do humano viver,
a vida tem sim um sentido: fazer viver o absurdo.
Qual o sentido
que há em empurrar diariamente uma rocha fazendo-a subir ao cume de uma
montanha para assistir à sua inevitável queda? Não há. É uma tarefa inútil,
absurda e destituída de sentido. No entanto, qual o sentido do trabalho
fatigante e diário proposto pelo homem moderno frente a fragilidade da vida? Se
para Sísifo a sua existência era um absurdo, será a nossa menos absurda? Em O
Mito de Sísifo, diz Camus: “deixo Sísifo no sopé da montanha. É preciso
imaginar Sísifo feliz”. Parece que a questão do sentido é a questão do homem e
o homem é o único sentido da questão, como deixa antever Camus em Cartas a Um
Amigo Alemão quando diz:
“Continuo a
pensar que este mundo não tem qualquer sentido superior. Mas sei que nele, se
alguma coisa tem sentido é o homem [...] este mundo possui pelo menos a verdade
do homem [...] é ele que fará com que seja salva, se quisermos, a ideia que
fazemos da vida”.
Em suma, a ideia
de absurdo em Camus pode ser associada ao próprio acontecer humano, a própria
existência. Neste caso, viver é descortinar o absurdo da existência.
02.
A escola de Frankfurt
“A
filosofia que pretende se acomodar em si mesma, repousa numa verdade qualquer,
nada tem a ver, por conseguinte, com a teoria crítica” (HORKHEIMER. Filosofia e Teoria crítica)
A Escola de Frankfurt refere-se ao Instituto de Pesquisas Sociais
de Frankfurt, fundado
na década de 20 (22 de junho de 1924). Ela reuniu em torno de si um círculo de
filósofos e cientistas sociais de mentalidade marxista. Os principais membros da Escola
de Frankfurt foram Walter Benjamin (1892 – 1940), Max Horkheimer (1895 – 1973),
Herbert Marcuse (1898 – 1979), Theodor W. Adorno (1903 – 1969). Depois da
reconstrução da Universidade de Frankfurt e do retorno do Instituto de Pesquisa
Social à cidade, formou-se uma segunda geração de teóricos, entre os quais se
destacam Karl-Otto Apel e Jürgen Habermas.
Estes
intelectuais elaboraram a Teoria Crítica
da Sociedade. Crítica por contrapor a teoria tradicional. Além disso, por
analisar de forma crítica as condições sociopolíticas e econômicas, visando à
transformação da sociedade. A postura intelectual desses pensadores procurou
interligar os aspectos normativos da reflexão filosófica com as questões
sociais, ou seja, eles buscaram o entendimento a fim de promoverem a transformação
social. O objetivo, portanto, era o de tecer uma crítica ao sistema que se
apresentava dominador.
Escola de Frankfurt surge dentro de um contexto
histórico bem específico:
1.
Primeira
Guerra Mundial.
2.
Revolução
Russa 1917.
3.
Surgimento
do Nazismo.
4.
Surgimento
do Fascismo.
5.
Ditadura
bolchevique.
6.
Perseguição
aos judeus.
7.
Segunda
Guerra Mundial.
Suas concepções filosóficas transitam entre o
materialismo marxista e a psicanálise de Freud, e, ainda, Kant, Hegel,
Schopenhauer, Nietzsche, Max Weber, dentre outros. Com o aprofundamento do
Nazismo, a Escola foi fechada, os integrantes perseguidos, exilados (Walter
Benjamim, em sua fuga, com medo de ser capturado, não aguentou a perseguição e
cometeu suicídio). Conforme Slater, poucos grêmios de intelectuais tiveram uma
vida tão acidentada mas também tão rica e diversa como a dos seus integrantes.
“O destino os fez ser testemunhas das grandes transformações que a Primeira
Guerra Mundial, e as agitações e revoluções que se seguiram, provocou na
sociedade europeia em geral” (SLATER, phil., Origens e significados da Escola de Frankfurt, p. 87).
Os representantes da Escola de Frankfurt em suas
atividades intelectuais tiveram a preocupação de tecer severas críticas a razão
dominante promulgada pelas ideias iluministas, positivistas e alimentada pela
burguesia. De acordo com Adorno e Horkheimer, a razão iluminista que outrora
pregava a emancipação dos indivíduos e o progresso social, com o decorrer do
tempo, passou a dominar os indivíduos por meio dos avanços tecnológicos. Esse
grupo de pensadores concentrou seu interesse na análise da sociedade de massa.
Sociedade essa que é manipulada pelos meios de comunicação de massa que estão a
serviço da lógica capitalista. Um exemplo claro é a indústria de entretimento
que manipula e controla os indivíduos a seu bel prazer.
ATIVIDADE
PROPOSTA:
Primeira
parte do trabalho –
Valor (1,0)
Texto
01
- Os ombros
suportam o mundo
“Chega um
tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de
absoluta depuração.
Tempo em que
não se diz mais: meu amor.
Porque o amor
resultou inútil.
E os olhos não
choram.
E as mãos
tecem apenas o rude trabalho.
E o coração
está seco
Em vão
mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste
sozinho, a luz apagou-se,
Mas na sombra
teus olhos resplandecem enormes.
És todo
certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas
de teus amigos. [...]
Pouco importa
venha a velhice, que é a velhice?
Teu ombros
suportam o mundo
E ele não pesa
mais que a mão de uma criança.
As guerras, as
fomes, as discussões dentro dos edifícios
Provam apenas
que a vida prossegue
E nem todos se
libertaram ainda.
Alguns,
achando bárbaro o espetáculo,
Prefeririam
(os delicados) morrer.
Chegou um
tempo em que não adianta morrer.
Chegou um
tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas,
sem mistificação” (ANDRADE, 1985. p. 78).
Para refletir
01.
Como o poeta capta o sentido da
existência, ou seja, da vida? Há alguma semelhança desse sentido de vida com a
sua concepção de vida e com a postura dos pensadores existencialistas? Aponte
as semelhanças e dessemelhanças (entre o seu pensamento acerca da vida e o
pensamento dos filósofos existencialistas) [20-25 linhas obrigatórias – Faça a
contagem de linhas].
Texto 02 - Condenado a ser livre
“Eu estou
condenado a existir para sempre além dos moventes e dos motivos do meu ato: eu
estou condenado a ser livre. Isso significa que não se pode encontrar limites
para a minha liberdade além da própria liberdade ou, se assim se preferir, que
não somos livres de deixar de ser livres” (SARTRE, 1973, p. 12-13).
Para refletir
02.
Sartre nos diz que o ser humano
está condenado a ser livre. A questão é: pode a liberdade ser uma condenação? Há
liberdade plena? Somos realmente livres, até que ponto? Qual é o seu parecer a
esse respeito? (De 20-25 linhas
obrigatórias – Faça a contagem de linhas).
Texto 03 - A Importância do pensar
“É chegado o
momento de deixar de sobrevalorizar a Filosofia e de lhe pedir demasiado. Do
que mais precisamos na penúria atual é menos Filosofia e mais atenção ao
pensamento; menos literatura e mais preocupação com a letra. O pensamento
futuro não será Filosofia, porque pensará mais originalmente do que a
metafísica, que designa a mesma coisa. O pensamento futuro não abandonará, como
Hegel, o nome amor da sabedoria para se transformar na própria sabedoria sob a
forma do saber absoluto. O pensamento descerá à pobreza da sua essência
provisória, unindo-se à linguagem do dizer simples. Assim, a linguagem será a
linguagem do ser como as nuvens são as nuvens do céu. Com o seu dizer, o
pensamento abrirá sulcos imperceptíveis na linguagem, menos visíveis que as
pegadas do camponês através do seu campo” (HEIDEGGER, 1964, p. 171-173).
Para refletir
03.
Qual a diferença entre a estrutura
propriamente filosófica e o pensar segundo Heidegger? E, por que o mundo atual
precisa mais do pensar do que propriamente da filosofia? O que acontece quanto
a filosofia deixa de ser “amor a sabedoria” e torna-se a própria sabedoria? Justifique
sua resposta (em 05-10 linhas obrigatórias – Faça a contagem de linhas).
Texto
04:
Frag.
1 - A
existência precede a essência
“Porém, se
realmente a existência precede a essência, o homem é responsável pelo que é.
Desse modo, o primeiro passo do existencialismo é o de pôr todo homem na posse
do que ele é, de submetê-lo à responsabilidade total de sua existência. Assim,
quando dizemos que o homem é responsável por si mesmo, não queremos dizer que o
homem é apenas responsável pela sua estrita individualidade, mas que ele é
responsável por todos os homens” (SARTRE, 1978, p. 6).
Frag 2.
Homem: um projeto inacabado
“O homem é,
não apenas como ele se concebe, mas como ele quer que seja, como ele se concebe
depois da existência, como ele se deseja após este impulso para a existência; o
homem não é mais que o que ele faz. Tal é o primeiro princípio do
existencialismo. É também a isso que se chama a subjetividade, e o que nos
censuram sob este mesmo nome. Mas que queremos dizer nós com isso, senão que o
homem tem uma dignidade maior do que uma pedra ou uma mesa? Porque o que nós
queremos dizer é que o homem primeiro existe, ou seja, o homem, antes de mais
nada, é o que se lança para um futuro, e o que é consciente de se projetar no
futuro. O homem é antes de mais nada, um projeto que se vive subjetivamente, em
vez de ser creme, qualquer coisa podre ou uma couve-flor; nada existe
anteriormente a este projeto; nada há no céu inteligível, o homem será, antes,
o que tiver projetado ser. Não o que ele quiser ser” (SARTRE, 1973. p. 12-13).
Para refletir
04.
Nos fragmentos “A existência precede a essência” e “Homem: um projeto inacabado”, Sartre
nega haver uma essência humana que antecede a existência. O homem primeiro
existe e posteriormente se define conforme suas escolhas e o que decide fazer
de si mesmo. Qual é o seu parecer a respeito dessa questão? Disserte a esse
respeito em (25-30 linhas obrigatórias – Faça a contagem de linhas).
Texto
05: Fragmentos
Frag. 1
“Os mortais
habitam à medida que salvam a terra, tomando se a palavra salvar em seu sentido
antigo, ainda usado por Lessing. Salvar não diz apenas erradicar um perigo.
Significa, na verdade: deixar alguma coisa livre em seu próprio vigor. [...] Os
mortais habitam à medida que acolhem o céu como céu. Habitam quando permitem ao
sol e à lua a sua peregrinação, às estrelas a sua via, às estações dos anos a
sua benção e seu rigor, sem fazer da noite dia nem do dia uma agitação açulada”
(HEIDEGGER, 2002, p. 130).
Frag. 2
“Nós chamamos
este chão de terra. O que esta palavra diz não deve ser associada com uma massa
de matéria depositada em algum lugar, ou com uma ideia meramente astronômica do
planeta [...]. Uma ideia meramente astronômica do planeta Terra e uma ideia da
terra como uma massa distribuída em algum lugar não dizem o que a terra é. A
terra é o lugar onde tudo que surge, tudo que cresce, volta a encontrar abrigo
[...] Uma pedra pressiona para baixo e manifesta seu peso. Mas, enquanto esse
peso exerce sobre nós uma pressão de oposição, recusa-nos qualquer penetração
em seu interior. Se tentarmos tal penetração, quebrando a pedra, mesmo assim
ela não nos mostra, em seus fragmentos, qualquer coisa interior que tenha sido
assim descoberta. A pedra instantaneamente se recolheu novamente para dentro da
mesma opaca pressão e volume de seus fragmentos. Se tentarmos agarrar o peso da
pedra de outra maneira, colocando a pedra numa balança, nós meramente a
traremos para a forma de um peso calculado” (HEIDEGGER, 2002, p. 42-46).
Para refletir
05.
É possível a partir do pensamento
de Heidegger (fragmentos 1 e 2) estabelecer um diálogo com a problemática
ecológica? Comente sua resposta em (10-15 linhas obrigatórias – Faça a contagem
de linhas).
Texto
06 -Análise
crítica da sociedade industrial avançada
O texto foi
subdividido em parágrafos menores no intuito de facilitar a leitura.
“A
sociedade contemporânea – afirma a escola de Frankfurt – nasce na época moderna
inspirando-se nos princípios burgueses, em particular no liberalismo econômico.
Afirmando-se progressivamente o princípio de troca, as ideias de igualdade, liberdade e fraternidade, invocadas
pela burguesia para combater os privilégios feudais, tendem cada vez mais a
transformar-se em seu oposto.
Teoricamente,
todos os homens são reconhecidos como sendo iguais, mas, quando a livre troca
se realiza como contrato de trabalho, pois quem trabalha é diferente de quem
dispõe dos meios de produção, o princípio liberal gera capitalismo. O trabalho
humano, como uma mercadoria, é trocado por dinheiro, e é nesta troca que se
insinua a possibilidade da exploração capitalista e da alienação do
trabalhador, que nada pode decidir a respeito de seu próprio trabalho e muito
menos dispor do produto dele. As condições de troca não são equitativas, porque
refletem as relações de força na sociedade.
Nesta
situação, a própria existência do homem tende a ser inserida no aparelho
produtivo e a ser considerada apenas um momento deste, subordinado ao princípio
dominante do lucro. Desse modo, a busca do lucro individual, da vantagem
econômica se torna o fim supremo; o dinheiro, ao qual é atribuída a
onipotência, assume o papel de ídolo dominante, cujo culto comporta custos
humanos cada vez mais elevados.
O
individualismo, unido ao princípio de troca, gera uma sociedade antagônica, na qual reina em todos os campos a concorrência, que se revela destrutiva
de toda relação humana autêntica, porque faz com que cada homem veja no outro
homem essencialmente um antagonista, um rival, um inimigo em potencial, não um
semelhante com o qual pode estabelecer relações de respeito, de simpatia, de
amizade e de colaboração.
Os
que não são eficientes ou são derrotados na concorrência são abandonados
friamente a pagar as consequências. Nesta situação, principalmente na grande
metrópoles, o homem está cada vez mais só, justamente por ser obrigado a viver
em meio a uma multidão de semelhantes que lhe são indiferentes ou hostis; e
certamente não surpreende o alastrar-se da ansiedade, da insegurança, da
neurose” (GALEAZZI apud ROVIGHI, 2004, p. 595-596).
Para refletir
06.
Como os pensadores da escola de
Frankfurt concebem o trabalho, o capitalismo, as relações sociais entre as
pessoas e o mundo do trabalho? Como se dão as relações no mundo hodierno?
Comente sua resposta em (10-15 obrigatórias – Faça a contagem de linhas).
Segunda
parte do trabalho –
Valor (1,0)
Texto
07 - Cura
“Certa vez,
atravessando um rio, “cura” viu um pedaço de terra argilosa: cogitando, tomou
um pedaço e começou a lhe dar forma. Enquanto refletia sobre o que criara,
interveio Júpiter. A cura pediu-lhe que desse espírito à forma de argila, o que
ele fez de bom grado. Como a cura quis então dar seu nome ao que tinha dado
forma, Júpiter a proibiu e exigiu que fosse dado o nome. Enquanto “Cura” e
Júpiter disputavam sobre o nome, surgiu também a terra (tellus) querendo dar o
seu nome, uma vez que havia fornecido um pedaço de seu corpo. Os disputantes
tomaram Saturno como árbitro. Saturno pronunciou a seguinte decisão,
aparentemente equitativa: “Tu, Júpiter, por teres dado o espírito, deves
receber na morte o espírito e tu, terra, por teres dado o corpo, deves receber
o corpo. Como, porém, foi a ‘cura’ quem primeiro o formou, ele deve pertencer à
‘cura’ enquanto viver. Como, no entanto, sobre o nome há disputa, ele deve se
chamar ‘homo’, pois foi feito de humus
(Terra)” (HEIDEGGER, 2004, p.263).
Para
refletir:
07. Antes
propriamente de responder a questão veja os Links:
b. Comentário sobre
a fábula (http://reginahelenagomes.blogspot.com.br/2011/03/fabula-mito-do-cuidado-fabula-de-higino.html) e;
Qual o sentido
da fábula de Higino? Qual a relação que pode ser feita em relação entre o
sujeito (subjetividade – ser-no-mundo) com o outro (alteridade –
ser-com-os-outros) e o mundo (intersubjetividade – ser-para-a-morte? Ou com
palavras de Heidegger, o que significa ser-no-mundo, ser-com-os-outros e
ser-para-a-morte? Qual o sentido de cuidado proposto pela fábula? Tem a ver com
o(s) outro(s)? Com a crise ecológica? Com a nossa casa, a Mae-terra? Disserte a
respeito em 25-30 obrigatórias – faça a contagem de linhas – essa redação será
lida em sala, portanto, seja original).
Texto
08 - O Mito de Sísifo
“Os deuses
tinham condenado Sísifo a empurrar sem descanso um rochedo até ao cume de uma
montanha, de onde ela caía de novo, em consequência do seu peso. Tinham
pensado, com alguma razão, que não há castigo mais terrível do que o trabalho
inútil e sem esperança.
A acreditar em
Homero, Sísifo era o mais ajuizado e o mais prudente dos mortais. No entanto,
segundo outra tradição, tinha tendências para a profissão de bandido. Não vejo
nisto a menor contradição. As opiniões diferem sobre os motivos que lhe valeram
ser o trabalhador Inútil dos Infernos. Censura-se-lhe, de início, certa
leviandade para com os deuses. Revelou os segredos deles. Egina, filha de
Asopo, foi raptada por Júpiter. O pai espantou-se com esse desaparecimento e
queixou-se dele a Sísifo. Este, que estava ao corrente do rapto, propôs a Asopo
contar-lhe o que sabia, com a condição de ele dar água à cidadela de Corinto.
Aos raios celestes, preferiu a bênção da água. Por tal foi castigado nos
Infernos. Homero conta-nos também que Sísifo havia acorrentado a Morte. Plutão
não pode suportar o espetáculo do seu Império deserto e silencioso. Enviou o
deus da guerra, que soltou a Morte das mãos do seu vencedor.
Diz-se ainda
que, estando Sísifo quase a morrer, quis, imprudentemente, pôr à prova o amor
de sua mulher. Ordenou-lhe que lançasse o seu corpo, sem sepultura, para o meio
da praça pública. Sísifo encontrou-se nos infernos. E aí, irritado com uma
obediência tão contrária ao amor humano, obteve de Plutão licença para voltar à
terra e castigar a mulher. Mas, quando viu de novo o rosto deste mundo, sentiu
inebriadamente a água e o sol, as pedras quentes e o mar, não quis regressar à
sombra infernal. Os chamamentos, as cóleras e os avisos de nada serviram. Ainda
viveu muitos anos diante da curva do golfo, do mar resplandecente e dos
sorrisos da terra. Foi necessário uma ordem dos deuses. Mercúrio veio pegar no
audacioso pela gola e, roubando-o às alegrias, levou-o à força para os
infernos, onde o seu rochedo já estava pronto.
Já todos
compreenderam, que Sísifo é o herói absurdo. É-o tanto pelas suas paixões como
pelo seu tormento. O seu desprezo pelos deuses, o seu ódio à morte e a sua
paixão pela vida valeram-lhe esse suplício indizível em que o seu ser se
emprega em nada terminar. É o preço que é necessário pagar pelas paixões desta
terra. Não nos dizem nada sobre Sísifo nos Infernos. Os mitos são feitos para
que a imaginação os anime. Neste, vê-se simplesmente todo o esforço de um corpo
tenso, que se esforça por erguer a enorme pedra, rolá-la e ajudá-la a levar a
cabo uma subida cem vezes recomeçada; vê-se o rosto crispado, a face colada à
pedra, o socorro de um ombro que recebe o choque dessa massa coberta de barro,
de um pé que a escora, os braços que de novo empurram, a segurança bem humana
de duas mãos cheias de terra. No termo desse longo esforço, medido pelo espaço
sem céu e pelo tempo sem profundidade, a finalidade está atingida. Sísifo vê
então a pedra resvalar em poucos instantes para esse mundo inferior de onde
será preciso trazê-la de novo para os cimos. E desce outra vez à planície.
É durante este
regresso, esta pausa, que Sísifo me interessa. Um rosto que sofre tão perto das
pedras já é, ele próprio, pedra! Vejo esse homem descer outra vez, com um andar
pesado mais igual, para o tormento cujo fim nunca conhecerá. Essa hora que é
como uma respiração e que regressa com tanta certeza como a sua desgraça, essa
hora é a da consciência. Em cada um desses instantes em que ele abandona os
cumes e se enterra a pouco e pouco nos covis dos deuses, Sísifo é superior ao
seu destino. É mais forte do que o seu rochedo. Se este mito é trágico, é
porque o seu herói é consciente. Onde estaria, com efeito, a sua tortura se a
cada passo a esperança de conseguir o ajudasse? O operário de hoje trabalha
todos os dias da sua vida nas mesmas tarefas, e esse destino não é menos
absurdo. Mas só é trágico nos raros momentos em que ele se torna consciente.
Sísifo, roletário dos deuses, impotente e revoltado, conhece toda a extensão da
sua miserável condição: é nela que ele pensa durante a sua descida. A
clarividência que devia fazer o seu tormento consome ao mesmo tempo a sua
vitória. Não há destino que não se transcenda pelo desprezo.
Se a descida
se faz assim, em certos dias, na dor, pode também fazer-se na alegria. Esta
palavra não é de mais. Ainda imagino Sísifo voltando para o seu rochedo, e a
dor estava no começo. Quando as imagens da terra se apegam de mais à lembrança,
quando o chamamento da felicidade se torna demasiado premente, acontece que a
tristeza se ergue no coração do homem: é a vitória do rochedo, é o próprio
rochedo. O imenso infortúnio é pesado demais para se poder carregar. São as
nossas noites de Gethsemani. Mas as verdades esmagadoras morrem quando são
reconhecidas. Assim, Édipo obedece de início ao destino, sem o saber. A partir
do momento em que sabe, a sua tragédia começa. Mas no mesmo instante, cego e
desesperado, ele reconhece que o único elo que o prende ao mundo é a mão fresca
de uma jovem. Uma frase desmedida ressoa então: “Apesar de tantas provações, a
minha idade avançada e a grandeza da minha alma fazem-me achar que tudo está
bem”. O Édipo de Sófocles, como o Kirilov de Dostoievsky, dá assim a fórmula da
vitória absurda. A sabedoria antiga identifica-se com o heroísmo moderno.
Não descobrimos
o absurdo sem nos sentirmos tentados a escrever um manual qualquer da
felicidade. “O quê, por caminhos tão estreitos?...”. Mas só há um mundo. A
felicidade e o absurdo são dois filhos da mesma terra. São inseparáveis. O erro
seria dizer que a felicidade nasce forçosamente da descoberta absurda. Acontece
também que o sentimento do absurdo nasça da felicidade. “Acho que tudo está
bem”, diz Édipo e essa frase é sagrada. Ressoa no universo altivo e limitado do
homem. Ensina que nem tudo está perdido, que nem tudo foi esgotado. Expulsa
deste mundo um deus que nele entrara com a insatisfação e o gosto das dores
Inúteis. Faz do destino uma questão do homem, que deve ser tratado entre
homens. Toda a alegria silenciosa de Sísifo aqui reside. O seu destino pertence-lhe.
O seu rochedo é a sua coisa. Da mesma maneira, quando o homem absurdo contempla
o seu tormento, faz calar todos os ídolos. No universo subitamente entregue ao
seu silêncio, erguem-se as mil vozinhas maravilhadas da terra. Chamamentos
inconscientes e secretos, convites de todos os rostos, são o reverso necessário
e o preço da vitória. Não há sol sem sombras e é preciso conhecer a noite. O
homem absurdo diz sim e o seu esforço nunca mais cessará. Se há um destino
pessoal, não há destino superior ou, pelo menos, só há um que ele julga fatal e
desprezível. Quanto ao resto, ele sabe-se senhor dos seus dias. Nesse instante
subtil em que o homem se volta para a sua vida, Sísifo, regressando ao seu
rochedo, contempla essa seqüência de ações sem elo que se torna o seu destino,
criado por ele, unido sob o olhar da sua memória, e selado em breve pela sua
morte. Assim, persuadido da origem bem humana de tudo o que é humano, cego que
deseja ver e que sabe que a noite não tem fim, está sempre em marcha. O rochedo
ainda rola.
Deixo Sísifo
no sopé da montanha! Encontramos sempre o nosso fardo. Mas Sísifo ensina a
fidelidade superior que nega os deuses e levanta os rochedos. Ele também julga
que tudo está bem. Esse universo enfim sem dono não lhe parece estéril nem
fútil. Cada grão dessa pedra cada estilhaço mineral dessa montanha cheia de
noite, forma por si só um mundo. A própria luta para atingir os píncaros basta
para encher um coração de homem. É preciso imaginar Sísifo feliz” (CAMUS, 2008,
p. 135-141).
Para refletir
08.
Qual o sentido do Mito de Sísifo,
do herói absurdo? Há alguma semelhança com o mundo do trabalho presente, com o
trabalho fatigante diário? Tem a ver com o sentido da vida humana enquanto tal,
enfim, qual é o sentido da vida humana para você? Disserte de forma
argumentativa a respeito (25-30 linhas obrigatórias – faça a contagem de linhas
– essa redação será lida em sala, portanto, seja original).
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