quinta-feira, 26 de março de 2015

poesia futurista...

Poema futurista



Poema futurista


É domingo: folga. -O dia todo em casa.
Acordo...Ar puro, liberdade.
Televisão, telefone sem fio, computador.
Ah! Liberdade...O mundo bem pertinho.

Não!? O computador não ligou,
O telefone está mudo. Liga televisão, liga! Vai!
Faltou luz, faltou energia, não há eletricidade.
Estou só: há um silêncio.

O computador está em silêncio.
A televisão está em silêncio.
O telefone está em silêncio.
O que fazer? Aonde ir?

Não sei conversar.
Sei digitar, clicar, ligar.

Uma caminhada para passar o tempo, quem sabe?
Ah! A esteira funciona a energia.
Caminhar lá fora é perigoso, tem pessoas.
Pessoas de verdade, de carne: elas desejam mal!

Que falta de ar, de energia, de ar... Estou morrendo.
Ando pra cá, pra lá. Que agonia, estou sufocado.
Estou fraco, morrendo, morren...morr...mo...

A luz acendeu! Há barulho: músicas lá fora.
A televisão liga... O computador liga...A vida continua.


Por Isaac Sabino

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